sábado, 21 de dezembro de 2013

Jaime Nogueira Pinto: “As relações Portugal-Angola são alvo de manipulação - cá e lá” - Dinheiro Vivo

Entrevista - Jaime Nogueira Pinto
É um dos grandes africanistas portugueses, mas não vive dentro dos livros. Angola e Moçambique são temas que conhece como a palma das mãos
 
21/12/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo 
 No livro que publicou em 2008, Jogos Africanos, escreve logo nas primeiras páginas que, quando tinha 15 anos, a sua visão de África era muito simplista, como no romance As minas de Salomão, que aliás cita. Via África como uma divisão entre os bons e os maus. Cinquenta anos depois é possível olhar para África e ver quem são os bons e os maus?
Não... os bons não eram tão bons como pareciam, os maus também não eram tão maus como se achava. Acho que não é tanto uma visão de África, é uma visão da vida. Graças a Deus quando temos 15 anos, e até quando temos 25 ou 30, ainda vemos tudo como bons e maus. E com o tempo passamos a ver uma coisa que é interessante: não são necessariamente bons todos os que pensam como nós, não são necessariamente maus todos os que pensam o contrário de nós. Ou seja, há uma data de boas ideias servidas por gente péssima e há uma data de gente boa a servir coisas más. A vida ensina isso.


É igual em África?
É igual em toda a humanidade. Isso é outra coisa que também aprendemos. Por um lado, a profunda identidade e diferença das pessoas, dos povos; por outro, o denominador comum que é a natureza humana. Foi Deus quem a criou assim ou porque é assim, não sei.

Nesse mesmo livro diz que partiu para Angola em Julho de 1974, em pleno PREC. A sua ligação a Angola é profunda. Hoje há talvez 150 mil portugueses em Angola, não sabemos ao certo...

Não sabemos ao certo, os portugueses têm a mania de inflacionar os números. Mas também não inflacionam apenas os números deles, inflacionam os de todos....

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