segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Estudo demonstra que as doenças reumáticas limitam a vida profissional e pessoal dos doentes

PortugalAPTO.PT - Doenças Reumáticas: produtividade, Empregabilidade e Saúde Social
Estudo demonstra que as doenças reumáticas limitam a vida profissional e pessoal dos doentes
Foi hoje apresentada a plataforma PortugalAPTO.PT, um projeto de intervenção social que tem como assinatura “Doenças Reumáticas: produtividade, Empregabilidade e Saúde Social”, e que pretende dar resposta a um dos principais problemas de saúde pública e saúde social do nosso país: as doenças reumáticas e doenças músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho. “Este é um projeto para os doentes que nasceu para melhorar a qualidade de vida e capacidade funcional dos doentes”, sublinhou o reumatologista, coordenador e embaixador do PortugalAPTO.PT, Augusto Faustino, durante a apresentação do projeto.
Nesta apresentação, que decorreu no Palácio Foz e que contou com a presença de vários doentes e de especialistas, quer na área das doenças reumáticas e músculo-esqueléticas, quer na área da reabilitação, gestão e economia, foi apresentado o estudo “Veja como a sua doença reumática influencia a sua profissão”. Realizado online a 500 doentes, homens e mulheres de todo o país, em idade ativa e com profissões distintas, o estudo revelou, como grande conclusão, que “as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas têm um impacto enorme e comprovado, quer na vida profissional, quer na vida pessoal, e este factor nunca tinha sido estudado e muito menos se tinha a real percepção deste fenómeno”, sublinha Luís Cunha Miranda, reumatologista e um dos coordenadores do PortugalApto.pt.
O estudo revelou que a dor na coluna lombar é a doença reumática e músculo-esquelética que mais frequentemente é reportada. Para além disso concluiu ainda que cerca de 60% (57,7%) dos doentes entrevistados sentem-se diminuídos e limitados na sua produtividade e que, destes, 43,5% referem que a sua produtividade foi afectada em mais de 50%.
Para além da produtividade laboral existe ainda a perda de horas de trabalho. Cerca de 15,3% referiram que já perderam horas de trabalho por semana e a maioria dos doentes (60%) referiu que perderam entre uma a oito horas de trabalho numa semana. De realçar ainda que 20% dos inquiridos diz ter perdido entre vinte a quarenta horas de trabalho numa semana devido à sua doença reumática.
O estudo indicou ainda que a grande maioria dos inquiridos (85,9%) sofreram limitações fora do trabalho (em atividades pessoais e familiares) e que destes, 41,8% tiveram limitações superiores a 50% nas suas atividades não laborais por causa da doença reumática.
“O trabalho é fundamental na vida de um individuo, quer para a sua autossuficiência, quer para a sua sensação de produtividade e de mais-valia para a sociedade e, por isso, muitos doentes ao trabalharem têm menos dores e menos depressão”, refere o reumatologista Luís Cunha Miranda.
“A ausência de estratégias que atuem na primeira baixa ou na prevenção de qualquer doença que possa ser desenvolvida na atividade laboral levam ao inevitável desemprego ou reforma antecipada”, sublinha Luís Cunha Miranda, que acrescenta ainda “começa com a baixa por doença reumática, seguida de baixa por doença reumática frequente, seguida de tempo prolongado em baixa por doença reumática, que leva inevitavelmente ao desemprego e ao desemprego de longa duração e, consequentemente, à reforma”. “Para evitarmos esta cascata e principalmente por virmos a ser um dos países mais envelhecidos da Europa, importa tomar decisões e pôr em prática medidas que possam contribuir para que as doenças reumáticas deixem de ser um problema que afeta a produtividade e a empregabilidade em Portugal”, finaliza Luís Cunha Miranda.
As doenças do sistema músculo-esquelético são internacionalmente a causa mais frequente de morbilidade. Em 2005, na Europa, estimou-se uma prevalência pontual de dor de causa músculo-esquelética na população adulta entre 20 e 30por cento.
Esta plataforma tem assim como principais objetivos estudar o impacto das doenças reumáticas e os seus custos globais mas também analisar a legislação laboral e social relacionada com a doença e com as incapacidades, ou seja, interpretar a realidade, perceber quais os motivos que contribuem para a situação atual e, posteriormente, propor medidas que contribuam para alterar a realidade. 
O lema da campanha em Portugal (PortugalApto.PT – Portugal Apto para o Trabalho - Produtividade, Empregabilidade e Saúde Social) representa os conceitos fortes associados ao Fit for Work – relevância nas ações que permitam ao indivíduo doente manter o seu trabalho, efectuadas as necessárias adequações e enquadramentos à sua doença, permitindo com isso uma quantidade e qualidade de trabalho que se constituam em factores positivos para a sua doença, para a sua condição económica e social, e consequentemente numa mais-valia positiva para toda a Sociedade.
“O trabalho é bom para a saúde” é uma ideia forte desta campanha! É imperioso demonstrar que a manutenção do trabalho é um bem essencial para o doente reumático, mas que para o conseguir de forma efetiva e sem que este se constitua numa agressão suplementar para o indivíduo doente, muito se terá de fazer para modificar a atual realidade do enquadramento profissional e laboral das doenças reumáticas em Portugal.
Este projeto surge na sequência e integrado no trabalho levado a cabo por uma organização internacional denominada “Fit for Work”, destinada a demonstrar toda esta realidade a nível europeu. Funciona como um grupo de pressão ao nível das estruturas europeias. A iniciativa Fit For Work é uma parceria de organizações e indivíduos que conta com o patrocínio daThe Work Foundation, da Década do Osso e da Articulação da ONU, da Liga Europeia Contra o Reumatismo (EULAR) e da RAND Europe. A coligação Fit for Work Europe é apoiada pela biofarmacêutica AbbVie - um dos sócios fundadores - e conta com uma subvenção de apoio da GE Healthcare.
Fit for Work Europe
Fit for Work Europe, é uma coligação multi-stakeholder que se esforça por fazer alinhar o Trabalho com as agendas da saúde da UE e para alterar a perceção das doenças musculosqueléticas, de condições incapacitantes para condições gerenciáveis, garantindo que mais cidadãos permanecem ou regressam ao trabalho, ajudando assim a melhorar a sustentabilidade dos sistemas de saúde e bem-estar europeus. A iniciativaFit For Work é uma parceria de organizações e indivíduos, e conta com o patrocínio daThe Work Foundation, da Década do Osso e da Articulação da ONU, da Liga Europeia Contra o Reumatismo (EULAR) e da RAND Europe. A coligação Fit for Work Europe é apoiada pelo Abbott Laboratórios - um dos sócios fundadores - e uma subvenção de apoio da GE Healthcare.
The Work Foundation
The Work Foundation pretende ser a autoridade internacional e independente líder na área do Trabalho e no seu futuro  A The Work Foundation é parte da Lancaster University– uma aliança que permite a ambas as organizações aumentar ainda mais o seu impacto. A The Work Foundation tem vindo a desenvolver a realização de estudos em nome do Fit For Work, desde a sua criação.
Informações adicionais: LPM Comunicação
Patrícia Leal :Tel. 21 850 81 10/92 560 63 20 :: patricialeal@lpmcom.pt
Maria Serra :Tel. 21 850 81 10/92 741 30 27 :: mariaserra@lpmcom.pt
Ed. Lisboa Oriente, Av. Infante D. Henrique, 333 H - Escritório 49,  1800-282 Lisboa
 De Jornal do Norte para Tempo Caminhado

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