Reconhecimento da investigação na área da dor
A Associação
para o Desenvolvimento da Terapia da Dor (ASTOR) e a Grünenthal criaram um
prémio destinado a galardoar trabalhos originais em língua portuguesa sobre
aspetos de investigação clínica no âmbito do tratamento da dor no adulto e na
criança, ou descrição de casos clínicos, da autoria de profissionais de saúde e
apresentados sob a forma de comunicação oral.
Os resumos
dos trabalhos a concurso devem ser enviados até ao dia 10 de Dezembro de 2012
para o email: convenioastor@cast.pt
O Prémio
Grünenthal/ASTOR, no valor de 2.500 euros será entregue e divulgado no 11º
Convénio ASTOR, a realizar-se no dia 25 de Janeiro de 2013, na Universidade
Católica Portuguesa, em Lisboa
Para mais
informações sobre o Prémio Grünenthal/ASTOR e regulamento consulte
SAL PROIBIDO NO JANTAR DA
CONSOADA
21 de
Dezembro de 2012 – A época do Natal é
uma altura em que as pessoas têm mais tendência para os excessos com a ingestão
de bebidas, consumo elevado de sal, de açúcar e de fritos. É por isso que a
Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alerta os doentes com insuficiência
renal crónica para a necessidade de terem cuidado com a alimentação, e aponta
aquele que deve ser o menu ideal da consoada de um doente e das pessoas
pertencentes a um grupo de risco.
“A tendência de maior consumo de sal pode afectar a
saúde do sistema cardiovascular e consequentemente do rim. A escolha da dieta
por parte do médico é sempre feita de uma forma individualizada, pois uma boa
alimentação é fundamental para reduzir as complicações no doente renal e
melhorar a sua qualidade de vida”, refere Fernando Nolasco, presidente da SPN.
A
perda da funcionalidade dos rins faz também com que o potássio se acumule no
sangue. “Quando os níveis ficam muito altos, o doente tende a sentir debilidade
muscular, tremores e fadiga e pode correr risco de vida”, alerta o
nefrologista. Uma alimentação saudável e regrada é parte fundamental do
plano de tratamento dos doentes com insuficiência renal crónica,
além da terapia farmacológica e dos tratamentos convencionais (diálise,
hemodiálise e transplante renal).
MENU IDEAL
DE JANTAR DE CONSOADA SEGUNDOS A SPN:
- Opte pelo bacalhau
bastante demolhado (3 dias de preferência) acompanhado por uma salada de
alface, couve-flor e cenoura cozida temperados apenas com um fio de
azeite.
- Os legumes devem ser
cozidos em duas águas e escorridos bastante bem antes de serem servidos.
- Se preferir carne a
melhor opção é a de perú, sem pele, que pode ser cozida no forno em azeite
e acompanhada por puré de batata caseiro e tomate cozido.
- Não utilize sal em nenhum
dos temperos e prefira o sabor das ervas como a salsa, alecrim, orégãos, e outros. Leia o rótulo dos alimentos para verificar a quantidade de sódio
porque alguns alimentos processados concentram tanto sódio que uma
única porção tem uma quantidade superior à recomendada para a ingestão
diária.
- Não
recorra a produtos com designação de "baixo teor de sódio/sal",
pois contêm substitutos à base de sais de potássio (ex. produtos de
charcutaria).
- Como sobremesa sugerimos
fruta. Opte entre a maçã, pêra, pêssego, ananás ou framboesas frescas.
- Os alimentos proibidos na
mesa da consoada são os frutos secos e oleaginosos e as leguminosas, o
queijo salgado e rico em potássio e fósforo; presunto, carnes salgadas e
fumadas; conservas ou concentrados de carne e peixe; peixe salgado ou
fumado, mariscos e crustáceos; sopas instantâneas, purés instantâneos,
pratos comercializados; cacau, chocolate e gelados.
- Também não deve abusar dos chamados açúcares simples como o açúcar, caramelo, mel, compotas; gorduras salgadas como a manteiga salgada, banha e toucinho.
Para além destas
recomendações é importante comer lentamente, mastigando bem, e estabelecer
horários regulares para as refeições, comendo todos os dias à mesma hora. Com a simples alteração dos hábitos de
vida, é possível minimizar um conjunto de complicações associadas à
patologia.
Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram de
doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que
leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade
de recuperação.
Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de
doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente 16 mil doentes em
tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já
transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de
um transplante renal.
Especialistas defendem que maior
longevidade dos dispositivos cardíacos traz poupanças significativas ao SNS
Lisboa, 11 de Dezembro de 2012 – Segundo os médicos especialistas na área da
eletrofisiologia, a utilização de dispositivos cardíacos com maior longevidade
pode trazer poupanças significativas ao Serviço Nacional de Saúde, o que ganha
particular importância numa altura em que o setor da saúde em Portugal enfrenta
grandes cortes orçamentais.
Daniel Bonhorst, presidente do Instituto Português do Ritmo Cardíaco
(IPRC), defende que “a longevidade é uma das características mais importantes
de um dispositivo implantável. Um dispositivo com uma durabilidade mais longa
acarreta menos riscos para a saúde do doente, que é submetido a menos
intervenções cirúrgicas para a sua substituição”.
“Isto leva a uma poupança significativa de recursos por parte dos
sistemas de saúde pois cada vez que o doente necessita de um novo dispositivo,
há custos iniciais substanciais inerentes à operação. A este valor acresce o
que deriva do tratamento de uma eventual complicação de uma novo acto
cirúrgico, como por exemplo uma infeção, que pode aumentar significativamente o
valor inicial do CDI implantado”, explica o especialista.
Em Portugal estão já disponíveis cardioversores desfibrilhadores
implantáveis (CDI) com 10 anos de durabilidade garantida.
Hipólito Reis, Vice-Presidente da
Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE)
refere que “cerca de 40 por cento dos doentes que recebem um
dispositivo têm menos de 65 anos e continuam vivos 10 anos após a implantação
dos CDI. Estes aparelhos duravam, até agora, em média, 4 a 6 anos, o que significava a
necessidade de duas cirurgias por cada década de vida, um número que, assim,
cai para metade. À medida que os doentes vivem mais tempo, uma maior
longevidade do dispositivo pode, portanto, traduzir-se em menos procedimentos
de substituição e um menor risco de complicações”, refere o especialista do
Porto.
O CDI é um aparelho capaz de monitorizar e tratar ritmos anormais do
coração (arritmias) que podem levar à morte súbita. Esta atividade cardíaca
rápida e/ou caótica é conhecida como taquicardia ventricular ou fibrilação
ventricular. Em Portugal morrem 27 pessoas por dia vítimas de morte súbita, uma
situação que mata mais do que o cancro, o AVC e a sida juntos.
Hospitais cuf descobertas e
cuf infante santo com vagas para internato médico
A
Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) atribuiu, pela primeira vez,
vagas para realização de internato médico no hospitalcuf infante santo (uma vaga para
Otorrinolaringologia) e hospitalcuf
descobertas (uma vaga para Imunoalergologia e outra para Pediatria).
Trata-se da primeira vez que são atribuídas vagas para internato médico em
hospitais privados.
“Este é
um reconhecimento claro da qualidade clínica das nossas Unidades, cuja
capacidade para formar médicos já tinha sido atestada pela Ordem dos Médicos,
através da atribuição de idoneidade formativa a estas três especialidades”,
afirma Piedade Sande Lemos, presidente do Conselho Médico da José de Mello
Saúde.
A José de
Mello Saúde assume a promoção do ensino como uma prioridade e está fortemente
empenhada em promover a obtenção de idoneidades formativas noutras
especialidades.
Atualmente, a José de Mello Saúde dispõe de
protocolos de colaboração com algumas das principais faculdades de medicina do
País, assume a regência de cadeiras e os seus hospitais são afiliados para o
ensino universitário.
Áreas Residencial, Indústria e Estado com novas linhas de
financiamento para projetos de Eficiência Energética
O Fundo de Eficiência Energética acaba de lançar novos
avisos para o financiamento de projetos e iniciativas que promovam a eficiência
energética nas áreas Residencial, Indústria e Estado. Os Avisos 03-Edifício Eficiente 2012, 04-SGCIE 2012 e 05-CE.Estado 2012, são os novos avisos do FEE com candidaturas abertas
a partir do dia 30 de novembro.
Numa altura em que as famílias
procuram a redução da fatura energética, mantendo a mesma qualidade de vida, o
Aviso 03-Edifício Eficiente 2012 vem permitir a implementação de soluções
energéticas como sistemas solares térmicos e janelas eficientes em edifícios ou
frações residenciais existentes.
A este aviso podem correr pessoas singulares proprietárias de edifícios unifamiliares ou de
frações em edifícios multifamiliares, sendo que as comparticipações rondam os
50 por cento das despesas elegíveis, e até 1500 euros e 1250 euros para os
sistemas solares térmicos e para as janelas eficientes, respetivamente.
Reforçado foi também o financiamento à Indústria, através
do lançamento do Aviso 04 - SGCIE 2012
(Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia) que pretende facilitar o
acesso a ferramentas para monitorização dos consumos de energia e
consequentemente para uma melhoria da gestão energética.
Destinados aos operadores de instalações abrangidas pelo
Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE), no âmbito deste Aviso
são financiadas a realização de auditorias energéticas (50 por cento até ao
limite de 750 euros) e implementação de equipamentos e sistemas de gestão e
monitorização dos consumos de energia (25 por cento até ao limite de 10 mil
euros) conforme disposto no artigo 12º do Decreto-Lei Nº71/2008 de 15 de Abril
Destinado à administração central e local, a empresas
públicas, universidades, entidades empresariais, fundações públicas, e a
associações públicas ou privadas com capital maioritariamente público, o Aviso 05 - CE.Estado 2012 pretende
contribuir para a persecução do objetivos do ECO.AP, programa que estabelece a
obtenção de um nível de eficiência energética na ordem dos 30 por cento até
2020 nos organismos e serviços da Administração Pública.
Este novo aviso tem em vista o financiamento da execução
de estudos, de análises técnicas e da criação de ferramentas e metodologias de
análise que permitam auxiliar os edifícios da Administração Pública a obter a
Certificação Energética. Com uma comparticipação de 100 por cento, até ao
limite de 25.000 euros, este Aviso abrange também o financiamento de auditorias
que possibilitem a identificação de baselines de consumos de energia
para utilização no ECO.AP.
Para submeter as candidaturas
deverá ser feito, previamente, o registo online,
no site fee.adene.pt, e ter em conta os documentos e formulários obrigatórios.
Mais informações sobre Aviso
03-Edifício Eficiente 2012 em: http://fee.adene.pt/avisos/Paginas/Aviso-03-Edifício-Eficiente-2012.aspx
Mais informações sobre Aviso
04-SGCIE 2012 em:
Mais informações sobre Aviso
05-CE.Estado 2012 em:(http://fee.adene.pt/avisos/Paginas/Aviso-05-CE-Estado-2012.aspx
O Fundo de Eficiência Energética (FEE), previsto no Decreto-Lei n.º 50/2010, de 20 de Maio,
é o instrumento financeiro do Plano
Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE) que, de acordo com
as novas metas estabelecidas pelo
governo, pretende contribuir para a melhoria da eficiência energética do país - redução em 25% do consumo até 2020 -
e colocar o Estado como exemplo, através
da redução de 30% do respetivo consumo de energia até 2020.
Através deste Fundo e mediante
abertura de Avisos, é possível apoiar
projetos tecnológicos nos sectores dos transportes, residencial e
serviços, indústria e Estado ou ações
transversais que induzam a eficiência
energética nas áreas dos comportamentos, fiscalidade, incentivos e
financiamentos. Para além destas áreas, também poderão ser alvo de
financiamento os projetos, que não estando previsto no PNAEE, contribuam para a
eficiência energética.
A ADENE –
Agência para a Energia tem por missão promover e realizar atividades de
interesse público no domínio da política energética e dos serviços públicos
concessionados ou licenciados no sector da energia. A ADENE desenvolve a sua
atividade junto dos diferentes sectores económicos e dos consumidores, visando
a racionalização dos comportamentos energéticos, a aplicação de novos métodos
de gestão de energia e a utilização de novas tecnologias.
Informações
adicionais: Raquel Isidro :: Gonçalo Santos
LPM
Comunicação
Tel.
21 850 81 10 :: Tlm. 927 413 085 :: 961571727
Doença Rara atinge um em cada 40 mil portugueses
Atraso no diagnóstico da Doença de Fabry atinge 14 anos nos homens e 19 anos nas mulheres
Lisboa, 5 de Dezembro de 2012 – O atraso no diagnóstico da Doença de Fabry, de acordo com dados do Registo desta patologia, é de 14 anos para os homens e de 19 anos para as mulheres. Isto deve-se à natureza não específica das queixas precoces e à falta de reconhecimento dos mesmos como manifestações desta doença rara. Com vista a promover o diagnóstico atempado e para debater tratamento desta patologia, cerca de 100 profissionais de saúde irão participar no I Simpósio Nacional de Doença de Fabry, uma reunião científica que terá lugar no dia 8 de Dezembro, às 10h30, em Óbidos.
A patologia representa um desafio para os especialistas que a tratam pela multiplicidade de manifestações que apresenta. Apesar de a doença se manifestar frequentemente na infância ou na adolescência, muitas vezes só é diagnosticada na idade adulta. “Cada portador da doença de Fabry é um caso único, em termos de idade da apresentação da doença, sintomas de início e de progressão da patologia. Os homens e uma parte das mulheres manifestam os primeiros sintomas na infância. Na forma clássica, que ocorre na maioria dos homens afetados, a doença manifesta-se frequentemente com episódios de dor lancinante tipo queimadura (acroparestesias) nas extremidades. Estes episódios de dor podem acompanhar-se de febre, dores articulares e, podem ser confundidas com dores de origem reumática”, explica Idalina Beirão, nefrologista do Centro Hospitalar do Porto.
Outras manifestações da doença na infância passam pela diminuição da sudação, dor abdominal e diarreia, zumbidos, perda subjetiva de audição, lesões vasculares cutâneas e pelas opacidades assintomáticas da córnea, que podem desempenhar um papel importante na deteção e no diagnóstico precoce dos doentes.
Já na idade adulta, “os sintomas neurológicos periféricos podem diminuir de intensidade, e aparecem as manifestações renais, cardíacas e cerebrovasculares. As complicações tardias incluem a insuficiência renal crónica, a cardiomiopatia, o acidente vascular cerebral (AVC) prematuro e a morte prematura. Estes sintomas levam a uma diminuição do bem-estar físico e funcional dos doentes e dos seus familiares, influenciam o desempenho escolar ou a carreira profissional e limitam os doentes nas suas atividades sociais e físicas”, afirma a especialista.
O diagnóstico pode ser efetuado com uma amostra de sangue seco, colhido em papel de filtro. Idalina Beirão defende que “caso de confirme o diagnóstico de doença de Fabry, deve ser feito o aconselhamento genético que permite proporcionar aos doentes e aos seus familiares informação sobre a história natural da doença, as opções terapêuticas e para identificar os membros da família com doença de Fabry não diagnosticados numa fase relativamente precoce da sua doença. Os doentes podem ser avisados da probabilidade dos seus irmãos, parentes e futuros filhos poderem herdar a doença ou de serem portadores do gene que causa a doença”.
Em Portugal os doentes podem ser tratados com uma das duas terapêuticas de substituição enzimática disponíveis para compensar funcionalmente a deficiência de alfa-galactosidase. O tratamento tem que ser feito durante toda a vida do doente, de forma a evitar o aparecimento ou atenuar os sintomas incapacitantes anteriormente descritos.
Permitir aos médicos identificar mais rapidamente e tratar com mais eficácia a Doença de Fabry é o principal objetivo deste simpósio, onde serão abordados aspetos do diagnóstico e populações de risco da patologia, história natural da doença, bem como questões relacionadas com o tratamento no contexto económico adverso em que vivemos atualmente.
Para mais informações/contactos médicos:
De Jornal do Norte para Tempo Caminhado
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