Presidente da República entrega Prémios
Literários
da Estoril Sol a Gonçalo M. Tavares e
Tiago Patrício
Os Prémios Literários Fernando
Namora e Revelação Agustina Bessa-Luís, instituídos pela Estoril Sol, e
referentes a 2011, serão entregues, respectivamente, a Gonçalo M. Tavares e a
Tiago Patrício, no próximo dia 5 de Dezembro, às 18 horas, no Auditório do
Casino Estoril, em cerimónia solene que contará com a presença do Presidente da
República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva.
O Júri, presidido pelo escritor e
ensaísta Vasco Graça Moura, distinguiu Gonçalo M. Tavares pelo romance
"Uma Viagem à Índia", enquanto Tiago Patrício viu premiado o seu
original “Trás-os-Montes”.
Relativamente à obra "Uma
Viagem à Índia" o júri considerou "a maneira inovadora como o autor
explora as relações entre a forma romance e a matriz épica, bem como a hábil
trama narrativa e a estruturação da acção".
Na acta, o júri refere ainda "outros elementos de
relevo quer no plano de elaboração de um registo tendencialmente poético, quer
naquilo em que se exprime numa problemática que caracteriza o homem
contemporâneo e uma visão melancólica da condição humana".
Gonçalo M. Tavares, 42 anos,
natural de Luanda, começou a publicar em 2001, totalizando várias dezenas de
livros de diversos géneros literários. O escritor foi distinguido já com outros
galardões recebendo, agora, o Prémio Literário Fernando Namora.
Quanto ao romance
“Trás-os-Montes”, de Tiago Patrício, o Júri tomou em consideração “as
qualidades de escrita reportadas à dureza de um universo infantil numa aldeia
de Trás-os-Montes e à maneira como o estilo narrativo encontra uma sugestiva
economia na expressão e comportamentos das personagens “.
O autor, Tiago Manuel Ribeiro
Patrício, nasceu no Funchal, em Janeiro de 1979, mas passou toda a infância e
adolescência em Trás-os-Montes. Entrou para o curso de Oficiais da Escola Naval
como voluntário, realizando várias comissões de embarque em navios de guerra e
participando em regatas internacionais.
No final de 1999, regressou à
vida civil, para ingressar na Faculdade de Farmácia, que concluiu após 8 anos “
e muitos projectos paralelos”. De facto, fez escrita criativa em 2001, na Aula
do Risco e realizou vários cursos de aperfeiçoamento em Imprensa no CENJOR,
entre 2001 e 2003.
Foi membro do jornal “Os
Fazedores de Letras”, entre 2002 e 2007, e escreveu para o suplemento “DN
Jovem” durante o mesmo período. Faz teatro, desde 2000, e foi um dos fundadores
do Grupo de Teatro Com-Siso, com várias peças apresentadas de 2002 a 2005. Em
2006 entrou para o Grupo de Teatro de Letras, onde fez formação intensiva com
Ávila Costa e com o qual mantém, até hoje, uma ligação estreita. A sua poesia
foi seleccionada e publicada nas colectâneas Jovens Escritores do Clube
Português de Artes e Ideias, entre 2007 e 2010.
Sobre o romance “Trás-os-Montes”,
Tiago Patrício revela que foi iniciado quando tinha 19 anos, depois de não ter
conseguido entrar no curso de Medicina e de ter decidido tentar melhorar a
média de acesso à Universidade. “Talvez tivesse sido apenas uma daquelas
desculpas providenciais – confessa -, para tornar aceitável a opção de passar
um ano em casa a ler, todos os livros da biblioteca municipal. Lia 3 a 4 livros
por semana, daquela colecção “Dois Mundos”, desde Steinbeck, Camus, Hemingway,
até Marguerite Duras, André Malraux, Kundera e Vergílio Ferreira, cujo texto
“Aparição”, de leitura obrigatória no 12º ano, intensificou a minha relação com
a literatura e levou-me, pela primeira vez, a querer tentar escrever”.
Os Prémios Literários Fernando
Namora e Revelação Agustina Bessa-Luís têm ambos o valor de 25 mil euros. O
Júri, além de Vasco Graça Moura, foi integrado por Guilherme D` Oliveira
Martins, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, José Manuel
Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Gil Loureiro,
pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, Manuel Frias Martins, pela
Associação Portuguesa dos Críticos Literários e, ainda, por Maria Alzira Seixo
e Liberto Cruz, convidados a título individual e Lima de Carvalho e Dinis de
Abreu, em representação da Estoril Sol, entidade promotora do Prémio.
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Rede
Europeia de Turismo Industrial lançada em S. João da Madeira
*Abertura
das empresas a este novo segmento trará importantes mais-valias para as
comunidades onde estão inseridas
O
4º Congresso Europeu de Turismo Industrial, que decorreu em S. João da Madeira,
reuniu cerca de 230 profissionais e peritos universitários, num evento que foi
co-organizado por entidades portuguesas, francesas e espanholas e que terminou
com a assinatura da Declaração de S. João da Madeira. Subscrito pelos
co-organizadores, o documento lança as bases para a Rede Europeia de Turismo
Industrial, um instrumento que permitirá às empresas abrirem-se a um novo
segmento, gerando benefícios diretos para a comunidade.
De
acordo com o documento, o Turismo Industrial tem potencial para gerar
experiências enriquecedoras de alto valor, combinando o conhecimento, os
sentidos e as emoções. Para que o público possa viver essas experiências, as
visitas às unidades industriais com interesse turístico devem evidenciar os
aspectos sociais e históricos das empresas e incorporar também técnicas
interpretativas que, além de contarem a história do lugar, permitam ao
visitante imergir num relato que desperte ou satisfaça a sua curiosidade.
Desta
forma, pode ler-se na Declaração, as empresas podem materializar a sua
responsabilidade social corporativa, gerando benefícios directos para a
comunidade. No entanto, transformar esta oportunidade numa efectiva realidade
requer a acção participada e responsável de todos os agentes do território, que
devem trabalhar em conjunto desde os níveis de âmbito mais local até aos de
abrangência mais geral, coordenando sempre os seus objectivos e estratégias.
Assim
sendo, deve prosseguir-se o caminho da convergência que se vem gerando entre as
redes nacionais dos diversos países com atuação ao nível do Turismo Industrial,
em sequência das sucessivas edições do Congresso Europeu sobre o sector. A
presença do sector privado em futuras edições deverá igualmente ser reforçada,
na medida em que as suas contribuições se revelam tão importantes quanto as de
carácter institucional, emitidas pelo sector público.
É
ainda fundamental evitar-se que grandes polos de atracção turística – cuja
sustentabilidade é difícil de manter - possam eclipsar projectos de Turismo
Industrial mais modestos, mas de confirmado valor cultural e pedagógico,
suscitando nos participantes de futuras edições destes congressos experiências
educativas que resultem de fórmulas mais criativas e participativas, porque são
precisamente esses aspectos de inovação e envolvimento que definem a
singularidade e o carácter atractivo do Turismo Industrial.
Realidades
indissociáveis
O
congresso de S. João da Madeira serviu ainda para se reunirem iniciativas de
turismo de indústria viva e turismo de património industrial, duas realidades
intimamente ligadas e indissociáveis. Na ocasião ficou reconhecida a
experiência de S. João da Madeira, exemplar ao nível da metodologia de trabalho
desenvolvida e do produto turístico apresentado, relevando o fato de o turismo
industrial ter potencial para gerar experiências enriquecedoras de alto valor,
combinando o conhecimento, os sentidos e as emoções.
Outra
das ideias saídas deste congresso foi de que o Turismo Industrial mostrou-se um
elemento de identidade social e um motor de desenvolvimento local, o que exige
a acção participada e responsável de todos os agentes do território, os quais
devem trabalhar em conjunto desde os níveis mais locais aos mais gerais,
coordenando os seus objectivos e estratégias.
Manuel
Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, e
anfitrião deste congresso, salientou, a propósito, que o Turismo Industrial é
ainda uma forma de “motivar os jovens para a indústria”, frisando que “nos
últimos anos assistimos à degradação da imagem social do trabalho na indústria
e uma região não pode viver sem uma base produtiva industrial”. No entender do
edil sanjoanense, a aposta no Turismo Industrial é também uma forma de induzir
a criação de riqueza e de emprego, premissas de grande valor acrescentado, em
especial tendo em conta a difícil conjuntura económica que o país atravessa.
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Governo
Português quer liderar processo de adoção generalizada da Fatura Eletrónica na
Europa
Lisboa, 30 de Novembro de 2012 – Principais
destaques do Fórum Nacional da Fatura Eletrónica, uma iniciativa do
Ministério das Finanças, do Ministério da Economia e do Emprego promovida pela
ACEPI - Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa e pelo IAPMEI:
Carlos Oliveira, Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, na sessão de abertura do
Fórum Nacional da Fatura Eletrónica sublinhou a importância das pequenas e
micro empresas aderirem em força à economia digital, como forma de superarem a
crise e avançarem para o desenvolvimento dos seus negócios. Neste âmbito
referiu o sucesso que tem obtido o programa PME Digital,
uma iniciativa do Ministério da Economia promovida pela ACEPI e pelo IAPMEI,
que se inscreve no âmbito da Agenda Digital e que visa transformar
profundamente o tecido empresarial português no espaço de 3 anos,
conferindo-lhe os meios necessários para que alcance os níveis de modernização,
competitividade e eficiência necessários para que as empresas portuguesas
possam competir à escala global em pé de igualdade com as suas congéneres.
O Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação,
referiu também a importância do trabalho desenvolvido pelo Fórum Nacional da
Fatura Eletrónica e da ACEPI, sublinhou o fato de Portugal nesta matéria se
encontrar entre os países mais avançados da Europa, e defendeu que a Fatura Eletrónica constitui um passo decisivo
para o combate à evasão e para a implementação de um sistema fiscal mais justo
e equitativo, dois objetivos fundamentais da atuação do Governo para os
próximos anos.
Por
seu turno, Paulo Núncio, Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, destacou o
papel fundamental que as TI têm hoje em dia no combate à evasão fiscal e
referiu os grandes avanços que Portugal já fez a este nível, implementando
medidas fundamentais para alicerçar um sistema fiscal mais transparente e mais
justo – por exemplo a certificação obrigatória dos programas de software de
faturação e a obrigatoriedade das instituições financeiras e de crédito
fornecerem os extratos dos movimentos dos cartões de crédito e de débito à
administração fiscal, e que se afirmam como um pilar essencial ao plano
estratégico de combate à economia paralela.
De
acordo com o Secretário de Estado, Portugal têm já excelentes exemplos de
utilização das tecnologias de informação no sistema fiscal e de relacionamento
dos cidadãos com a Administração fiscal baseada nas valências disponibilizadas
pela Internet.
Paulo
Núncio referiu o papel determinante do programa e-Fatura, defendendo que se
trata da maior e mais profunda alteração do sistema tributário português dos
últimos anos, e de um conjunto de medidas fundamentais para tornar a
administração fiscal mais transparente, mais simples, mais eficaz e o sistema
tributário mais justo.
José
António Azevedo Pereira, Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira
explicou a nova legislação tributária que entrará em vigor a partir de Janeiro
de 2013, desenvolvida no âmbito da diretiva europeia que visa promover a adoção
massiva da fatura eletrónica na Europa como forma privilegiada de combate à
evasão fiscal e à economia informal, aumentando as receitas tributárias e
criando um sistema fiscal mais justo, transparente e eficiente. Em Portugal o programa e-Fatura, criado com a nova legislação, irá
permitir uma profunda reforma da nossa administração fiscal, posicionando
Portugal na linha da frente da fatura eletrónica na Europa.
Alexandre
Nilo Fonseca, Presidente da ACEPI e
Membro da EU Multi-Stakeholders Forum on e-Invoicing, considera que Portugal avançou decisivamente
neste último ano na promoção das medidas necessárias para a adoção generalizada
da Fatura Eletrónica, cumprindo o plano traçado a nível europeu, e destacando-se inclusive nos trabalhos do
Forum Europeu quer a nível das iniciativas, quer dos estudos e participação nos
vários grupos de trabalho. Aquele responsável reiterou o empenho da ACEPI em
garantir a participação de peritos portugueses noutros grupos de trabalho do
Fórum europeu, nomeadamente na área dos standards e da regulação, mantendo
desta forma a ligação de Portugal ao Forum europeu.
Aquele responsável realçou igualmente o contributo
da ACEPI a nível nacional na promoção da adoção da fatura eletrónica com a
elaboração de um estudo em parceria com os CTT sobre esta matéria, e apontou a
importância do novo programa e-Fatura desenvolvido pelo executivo português.
Durante
o Forum a ACEPI apresentou os resultados do estudo – Adopção da Fatura
Eletrónica em Portugal, promovido em parceria com os CTT no
âmbito do trabalho que a ACEPI está a desenvolver como representante de
Portugal no European Forum of e-Invocing, o grupo de trabalho criado pela
Comissão Europeia, que tem como objetivo ajudar a delinear a estratégia de
implementação da fatura eletrónica na Europa. Trata-se dum estudo quantitativo, centrado na identificação do
potencial de adesão do universo empresarial português à fatura eletrónica, quer
na emissão, quer na receção. O tratamento estatístico dos dados foi efetuado em SPSS. Das 443.000
empresas registadas na Via CTT inquiridas responderam 3.792 empresas. A margem
de erro desta amostra associada a um nível de confiança de 95% é de ± 1,59%. A
recolha da informação decorreu de 9 de Agosto a 17 de Setembro (tempo em que
esteve disponível o link/inquérito). O modelo de abordagem do estudo incluiu o
Perfil das empresas, o Processo de emissão de faturas, o Processo de receção de
faturas e a Faturação eletrónica: vantagens. De acordo com os resultados do
qual apenas 20% das empresas portuguesas aderiram à fatura eletrónica ainda que
a maioria já utilize sistemas informáticos para faturar.
- FIM-
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