quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Energia eólica na Europa e na Rússia: boas perspectivas de crescimento


Tags: União Europeia, energia, Europa, Tecnologia, Comentários
Irina Gardenina
27.11.2012, 17:38, hora de Moscou

EPA

Realizou-se em Moscou a IV Conferência da Associação Russa da indústria eólica. Participaram de seus trabalhos representantes não apenas da Rússia, mas também da Alemanha, Espanha e Dinamarca.
Um dos relatórios na conferência foi feito por Patrick Willems, belga que vive e trabalha em Moscou. Ele dirige o programa de “Fontes Renováveis de Energia” na Rússia e é um dos autores do projeto Rustec. O vice-presidente da Associação, Anatoli Kopilov, contou à Voz da Rússia que projeto é esse e quais foram as questões debatidas na conferência.
“Existe um projeto energético europeu que se chama Desertec (das palavras desert – deserto e tec – tecnologia). Ele propõe a construção de grandes centrais elétricas solares no deserto do norte da África e a partir delas a colocação de grandes cabos no fundo do mar Mediterrâneo, pelos quais chegará à Europa a energia elétrica limpa e renovável. Por analogia a este projeto, na Rússia foi elaborado o seu que recebeu o nome de “Rustec”. Sua essência consiste no seguinte: na Península de Kola pode-se construir muitas centrais eólicas e de lá, através de rede da Escandinávia, transmitir à Europa energia elétrica limpa. Na criação do projeto levou-se em conta as circunstâncias de que alguns dos países europeus, por exemplo Luxemburgo e Holanda, provavelmente não conseguirão cumprir a Diretriz da UE de que a parcela das fontes renováveis de energia, no consumo total desses países, atinja 20% até 2020. A causa é objetiva – esses países não têm território grande e simplesmente não têm onde colocar centrais eólicas. O governo holandês já expressou interesse no projeto Rustec. Mas claro, sem redes pelo território dos países escandinavos isto não será possível. Aqui é importante assinalar que o sistema energético da península de Kola já está ligado à rede de energia da UE através de Finlândia, Estônia e Letônia.
São ótimas as condições para a realização bem-sucedida do projeto – antes de mais nada a força e constância do vento no mar e no litoral norte da península de Kola. O vento sopra forte e constantemente, como nas centrais eólicas na Europa, que estão colocadas no mar. A União Européia não apenas receberá a energia limpa que lhe falta, mas poderá também fornecer os equipamentos para as centrais eólicas.

De "jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"

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