arquipélago assinalado a verde |
Em 600 d.C. o arquipélago foi colonizado por irlandeses e
em 800 conquistado e colonizado pelos vikings noruegueses. No século XII passa
a ser um país tributário da Coroa Norueguesa. No século XIV o arquipélago, a
Dinamarca e a Noruega reúnem-se em torno da mesma monarquia e no século XVII, o
arquipélago é confiado, pelo rei da Dinamarca, à família von Gabel, tornando-se
num estado feudal. Em 1720 é administrado como território da Islândia e em 1776
da Dinamarca.
A religião faz uma parte importante na cultura das ilhas.
Neste arquipélago predominam as religiões cristãs:
luteranismo evangélico, protestantes, alguns católicos,
testemunhas de Jeová e Bahá'i.
80% da população pertence à igreja estabelecida, o luteranismo evangélico. Os
restantes 20% distribuem-se pelos irmãos cristãos (irmãos de Plymouth) e
luteranos.
As ilhas têm uma morfologia muito acidentada, rochosa, com
costas alcantiladas recortadas por profundos fiordes.
O clima é oceânico, marcado pela influência moderadora da Corrente do Golfo, o que, tendo em conta a elevada latitude, suaviza as temperaturas
invernais. Em Tórshavn não se registam temperaturas médias mensais negativas, oscilando estas entre os
3 °C em Janeiro
e os 11 °C
em Agosto. A
média anual é de 6/7 °C. A amplitude térmica é assim muito reduzida, com verões
frescos e invernos suaves. A precipitação aproxima-se dos 1400 mm por ano, com um
mínimo relativo na Primavera e no Verão. O céu é em geral nublado, com
frequentes nevoeiros. São frequentes os ventos fortes. Todas as ilhas são
habitadas excepto Lítla
Dímun.
Os recursos naturais são escassos. A vegetação - gramíneas
- é utilizada para a criação de ovelhas.
Em algumas partes da ilha de Suðuroy,
existem alguns depósitos de lignito, úteis
como combustível. No mar é que está a sua grande riqueza. A pesca corresponde a
98% das exportações realizadas e praticamente todo o comércio deriva dos
produtos do mar. Dentro do limite de 200 milhas marítimas são encontradas espécies
como bacalhau,
arinca, argentina-dourada,
faneca da Noruega, alabote, tamboril, peixe vermelho,
pechelim, salmão e arenque. A piscicultura
de salmão e truta é um sector que tem crescido e contribuído para o crescimento
da balança comercial. O fabrico de navios (de aço, pesqueiros, de carga)
corresponde a 2% das vendas para o exterior. Estima-se que existam reservas petrolíferas
no subsolo oceânico do arquipélago e têm sido realizadas prospecções com sinais
positivos. O aeroporto Vagar (EKVG) é o único na ilha. Foi construído na
segunda guerra mundial pelos militares ingleses, mas hoje é um aeroporto
civil.
A caça anual (Maio) de Baleias-piloto é considerada uma
tradição; uma actividade tão antiga quanto a colonização vikings. Não se
conseguiu interromper, até hoje, esse costume ancestral. Enquanto isso, centenas
de baleias são chacinadas anualmente. O governo dinamarquês não tem soberania[1]
suficiente para neutralizar estes traços culturais.
Além do mais, um dos argumentos de peso para que a caça
seja mantida é a obtenção de alimentos pela população, na medida em que a
produção de alimentos nestas ilhas fica prejudicada durante grande parte do ano
devido ao clima extremo[2]. E a
carne obtida, não é pertença exclusiva dos caçadores. É distribuída
gratuitamente por toda a população. Sabe-se ainda que durante o abate das
baleias, na enseada, se procura cortar primeiramente o principal nervo
responsável pelo envio de impulsos nervosos ao cérebro do animal. Estratégia que
procura diminuir a dor dos animais, mas que provoca o derramamento de muito
sangue na água.
Não deixam, no entanto, de ser chocantes e monstruosas as imagens
que têm surgido na internet, e que
têm resultado em vários protestos de indignação por todo o mundo, porque o
abate brutal não se limita às baleias-piloto, mas também aos golfinhos calderon
(pelo menos é o que nos atesta a informação recebida). E como já não é segredo
para ninguém, os golfinhos aproximam-se do homem, em muitos casos, para
“interagir com ele” (como o demonstra a fotografia ao lado)[3]. E
são bem conhecidos os relatos de salvamento de humanos e a história de Panchito
Bárria, o menino da Patagónia, contada por Luís Sepúlveda em Expresso na Patagónia, por nós
transcrita neste blogue:
Tempo Caminhado: Panchito Barría, o menino da Patagónia que ...
Tempo Caminhado: Panchito Barría, o menino da Patagónia que ...
Fernando Borges marcou isto com +1 |
Neste sitio pode ser visualizado um video sobre o tema
ABSURDO!!! Massacre de baleias nas Ilhas Feroe - Dinamarca Video
Aqui deixamos algumas imagens que nos foram enviadas, via internet, por alguns amigos:
[1] Observado esse recanto do
mundo via satélite, percebe-se porquê.
[2] Não nos parece, pelos
dados apresentados acima.
[3]
Existem, no entanto, relatórios recentes que observam outro tipo de questões.
Cf. LLOYD, John; MITCHINSON, John, O
Livro da Ignorância sobre o Mundo Animal, Casa das letras, 2010, pp.
111-112.
Sem comentários:
Enviar um comentário