sábado, 6 de dezembro de 2025

Nos 914 anos da morte do fundador de Portugal


Foi em 6 de Dezembro de 1185 que morreu o Fundador de Portugal. Com esta sessão pretende-se invocar essa data e esclarecer a comunidade científica de que, em Julho de 1728, foi defendida e editada, em Roma, uma tese doutoral onde se demonstra que o nosso primeiro Rei,foi «Pio, Beato e Santo». Essa tese foi investigada pelo Teólogo Vimaranense e Cavaleiro da Ordem de Cristo José Pinto Pereira que foi destacado durante 29 anos pela Cúria Romana para aí trabalhar como Teólogo da Igreja Católica.

Com base nas muitas lendas e indícios de santidade, entre o nascimento, em 25 de Julho, (1109-1111?) a sua morte em Coimbra, em 6 de Dezembro de 1185, o nosso primeiro monarca, sob o signo da predestinação, tudo fez para autonomizar o novo Reino, tudo tendo feito, em ordem ao bem-estar do povo e à expansão da religião de que foi servidor exemplar.

Foram dez os argumentos em que esse Teólogo se apoiou para concluir que Afonso Henriques não teve vida fácil sempre agiu em conformidade com os princípios da sã convivência humana e divina.

Desde a Batalha de Ourique, em 25 de Julho de 1139, em que venceu os cinco reis Mouros, até ao encontro, do seu Corpo, incorrupto, na Igreja de Coimbra, onde jaz, foram dez dos indícios de Santidade, analisados, com realce para estes dois.

A essa tese chamou o Teólogo José Pinto Pereira Lusitano: «Aparato Histórico». Foi escrito em Latim, o que terá contribuído para se manter inacessível à comunidade cientifica, quer nacional quer estrangeira. Durante 283 anos, embora publicada, em Roma, na Tipografia Rochi Berrnabò, em MDCCXXVIII (1728), a obra foi engavetada, até hoje.

O autor esclarece que referiu «estes favores extraordinários, não só em vida, como depois da morte, referidos neste Aparato na mesma língua em que foram escritos, para que nem um só jota ou ápice faltasse na Versão; esta – diz ele - será talvez dada depois em idioma Latino, em favor dos Estrangeiros para os quais o nosso (idioma) e o Espanhol ou não são suficientemente conhecidos, ou absolutamente estranhos».

José Pinto Pereira explica por estas palavras as razões de escrever o livro em Latim, a pensar nos estrangeiros, visto que por essa altura nem a língua espanhola nem a portuguesa, tinham a importância que têm hoje.

Fosse como fosse, já passaram 934 anos desde a morte do Rei Fundador de Portugal. E já passaram 897 desde que lhe apareceu, na véspera da Batalha de Ourique, a hierofania (ou visão divina) a garantir-lhe que iria vencer os cinco reis mouros, o que se concretizou. Desde essa altura brotaram os primeiros perfumes da santidade que até hoje se adensaram na opinião pública.

 José Pinto Pereira confrontou-se com essa dúvida que chegou até nós. Mas ele por ser Teólogo ser cavaleiro da Ordem de Cristo e, nessas circunstâncias privilegiadas, conhecer as regras, os métodos e as formas de agir, investigou até à  exaustão, as lendas, os mitos e as tradições, para que, separando as águas, pudesse chegar a conclusões científicas.

Só motivações de força maior poderiam interromper aquilo que era fácil: iniciar o processo de beatificação, a exemplo de outros casos, como foi, entre nós, o do beato D. Nuno de Santa Maria. Este foi, finalmente, canonizado em 2009. O pretexto de que travou muitas batalhas e morreu muita gente inocente, deixou de ser válido, desde que a mesma Santa Sé, perante o grande general que foi Nuno Álvares, mereceu chegar aos altares. <

 Estamos, pois, em condições de encontrar uma Comissão Promotora da Causa dos Santos para que retome o processo, bruscamente interrompido em 1728, pelo corte de Relações do Rei D. João V e a Santa Sé.

                                                         Barroso da Fonte

                                

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