A Operação Midas, não nos conta a velha história grega do rei
Midas que, aquilo onde tocava virava ouro. Conta-nos a narrativa de um
escândalo de corrupção na Ucrânia.
Todos sabem que todos os países que foram escravizados pela antiga
URSS (ou seja, praticamente a Rússia actual) são endemicamente corruptos
(falamos em corrupção gigantesca). Ou seja, a sua elite tem tendência para ser
MIDAS!
Este escândalo que envolve desvios de fundos no
setor da energia,
levou imediatamente à demissão de dois ministros e
à adoção de sanções do Presidente Volodymyr Zelensky contra um colaborador
próximo.
O caso rebentou na segunda-feira (10), quando o Gabinete
Anticorrupção Ucraniano (NABU) anunciou ter realizado 70 buscas para
desmantelar um "sistema criminoso" que permitiu o desvio de 100
milhões de dólares (cerca de 86 milhões de euros, ao câmbio atual) no setor
energético. A operação levou, até agora, à detenção de cinco pessoas.
Segundo o NABU, o esquema de corrupção obrigava os subcontratados
da Energoatom (empresa pública de energia atómica) a pagar sistematicamente
10% a 15% do valor dos contratos como subornos para evitar o bloqueio dos
pagamentos devidos ou para não perderem o estatuto de fornecedor.
Os alegados responsáveis por este sistema também criaram uma
cadeia de decisão paralela dentro da empresa estratégica, impondo
"gestores-sombra". O dinheiro era, subsequentemente, branqueado
através de uma rede de empresas, a maioria delas com sede no estrangeiro.
Em síntese foi isto que recentemente abalou a Ucrânia (o seu POVO)
e o seu presidente. Contudo, uma quantidade enorme de idiotas manipulados pela
criminosa propaganda russa, em vez de auspiciarem momento glorioso, auguram,
como os energúmenos, momento trágico!
Porque razão auspiciamos um momento glorioso? Porque uma das
condições (a principal) para a Europa aceitar a Ucrânia como seu elemento de
direito é precisamente a conduta da anticorrupção! Ao ter acontecido este escândalo,
a administração do Presidente Zelensky provou que está em consonância com as
exigências da Europa. E, por essa razão, a Europa só tem que aplaudir
o povo ucraniano e o seu presidente, apoiando o trabalho que se tem feito neste
parâmetro.
A Ucrânia foi classificada no 105.º lugar em 180, no Índice de
Perceção da Corrupção estabelecido pela organização não-governamental (ONG)
Transparência Internacional para 2024, em comparação com o 142.º lugar em 2014.
Com este caso, em 2025 a Ucrânia obterá um lugar bem mais glorioso
nesta lista da Transparência Internacional.


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