quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Tecnologia LiDAR: Transmontano lidera revolução na arqueologia

 

Tecnologia LiDAR:

Transmontano lidera revolução na arqueologia

 

O arqueólogo transmontano João Fonte, doutorado pela Universidade do Minho, mas baseado na Universidade Exeter, em Inglaterra, desde 2016, é um especialista em sistemas de informação geográfico e deteção remota, e «foi dos primeiros portugueses a perceber as potencialidades do varrimento do território por uma tecnologia (LiDAR) que permite identificar os pontos do terreno sobreposto por todo o tipo de acidentes, incluindo a vegetação».

Entrevistado pela revista História, da National Geographic Society, disse que «sem as tecnologias adequadas era praticamente impossível detetar» certos sítios onde ocorreu breve ocupação temporária. Neste momento está a decorrer uma vasta operação de varrimento do território português com a tecnologia de varrimento LiDAR, levada a cabo por um grupo de entidades privadas e estatais.

João Fonte (homónimo do signatário deste texto), de quem recentemente já aqui falamos, escreveu que «Portugal se atrasou na corrida no varrimento do território em contraste com a Espanha que já vai na terceira cobertura; Grã-Bretanha, há muito que esses estão disponíveis gratuitamente. (…) Por cá não houve atrasos, como, à boa maneira autóctone, o concurso público foi embargado. A operação do varrimento começou finalmente em março de 2024 e prolongar-se-á por mais alguns meses. Depois, será preciso processar e validar os dados. No início de 2025 houve uma explosão de interesse por este tema. Cada metro quadrado de território continental terá uma nuvem de 10 pontos de medição. O leitor que imagine o potencial».

«A operação de varrimento de LiDAR começou em Março do ano passado e, até agora, a nível científico pouco se sabia sobre a chegada dos contingentes militares romanos no nosso território. Num momento demasiado fugaz no tempo, para a arqueologia este tema era uma espécie de fantasma».

O signatário desta nota de leitura lamenta ser leigo na matéria que trouxe a público, num primeiro apontamento, destinado a conhecer João Fonte. Ambos estamos ligados à revista Aquae Flaviae, publicação semestral de Chaves, cuja última edição tem o número 70 e veio a público em junho último, sob a direção de Maria Isabel Viçoso. Nunca conheci, pessoalmente, este ilustre arqueólogo que nasceu em Boticas, viveu em Chaves e tem ligações a Montalegre. O facto de termos o mesmo nome e o mesmo apelido levou-me ao atrevimento de lhe colocar aquelas dúvidas. Prontamente o fez e abriu-me as portas ao diálogo científico.

Gostaria de possuir o nível cultural em que ele brilha e promete, ao afirmar que «todo o território português será varrido por tecnologia de dados», que depois de analisados revelarão muitas surpresas históricas.

O nº 41 da revista Aquae Flaviae de Dezembro de 2009, dedicado ao Congresso Transfronteiriço de Arqueologia, realizado em Montalegre em outubro de 2008, foi coordenado por João Fonte e incluiu todas as comunicações do evento num volume de 512 páginas.

No prólogo, da autoria de João Fonte, lê-se que se abriram as páginas à divulgação dos trabalhos que sob a égide do Congresso. A qualidade e o interesse que a trintena de comunicações possibilitou, foi enriquecida, na altura, com o alertar dos congressistas e dos leitores para os varrimentos que, neste momento, a ser feitos em Portugal por tecnologia LiDAR e geofísica.

Barroso da Fonte



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