domingo, 6 de outubro de 2024

Padre Fontes doa acervo pessoal à Câmara Municipal, perpetuando legado cultural e histórico


JOÃO  MIRANDA


A diretora da Rádio Montalegre, Maria José Afonso, divulgou nas redes sociais a informação que aqui reproduzimos e que muito agradará aos seus leitores, através do blogue Tempo Caminhado, respeitante ao Padre Fontes, «uma das figuras mais emblemáticas da cultura e tradição barrosãs. Doou todo o seu acervo pessoal à Câmara Municipal de Montalegre, um gesto que foi oficialmente reconhecido durante a última reunião camarária. A Presidente da Câmara, Fátima Fernandes, expressou o seu profundo agradecimento pela doação, destacando que este ato “perpetuará a memória de um homem que dedicou a vida à comunidade e à cultura de Montalegre.

O acervo, que inclui documentos de grande relevância histórica e cultural, está atualmente a ser identificado e catalogado. O objetivo é preservar este legado e torná-lo acessível para investigação, tanto a nível local como internacional, através da sua disponibilização em formato digital. "Este acervo trará a Montalegre muitos investigadores interessados, uma vez que contém documentos importantíssimos que serão estudados e consultados por quem quiser, em qualquer parte do mundo", afirmou a Presidente da Câmara.

Durante a reunião, o vereador José Moura Rodrigues expressou a sua surpresa e satisfação pela doação, salientando a importância de “organizar e preservar o legado do Padre Fontes enquanto o próprio ainda está vivo, permitindo-lhe orientar o processo. Perpetuar a memória de quem merece é fundamental, e nada melhor do que fazê-lo através do seu arquivo pessoal devidamente organizado", referiu o vereador.

A Presidente destacou também o envolvimento contínuo do Padre Fontes na vida cultural do concelho, mencionando o seu papel como “mentor do Congresso de Medicina Popular” e anunciando que o acervo doado terá um lugar de destaque no “Centro de Estudos do Misticismo e Medicina Popular” , bem como numa sala especial do Ecomuseu, que já leva o seu nome.

Este gesto é visto como uma forma de reconhecimento pelo trabalho e generosidade do Padre Fontes, que sempre se mostrou disponível para colaborar em diversas iniciativas do concelho. "Honrar o Padre Fontes é algo que este executivo tem levado muito a sério, seja pela atribuição de medalhas, pela participação ativa nos eventos culturais, ou pelo respeito e interesse em manter viva a sua herança", sublinhou a Presidente.

Além do Padre Fontes, Barroso da Fonte também foi destacado nessa reunião, pelo contributo à cultura local, nomeadamente pela doação de cinco mil livros e «17 obras de arte nomeadamente de Graça Morais, Nadir Afonso, José de Guimarães e Eurico Borges».

Nota da redação:

A jornalista Maria José Afonso, que fez a cobertura desta reunião do executivo da autarquia, teve o cuidado de sossegar os Barrosões quanto espólio bibliográfico deste clérigo de Vilar de Perdizes por onde andou Frei Bartolomeu dos Mártires. O Padre Fontes, a dada altura, foi abordado por um docente universitário do mesmo concelho que apalavrou a compra desse espólio, por cerca de 300 mil euros. Os simpatizantes do reitor de Vilar de Perdizes, que chegaram a saber desse «embruxado negócio», fizeram sentir que a autarquia deveria ter direito de opção. Passados quatro anos, o «bruxo-mor do reino» ofereceu ao arquivo municipal esse valioso espólio.

Link para o artigo da Rádio Montalegre:

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João Miranda


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