JOÃO MIRANDA
O
acervo, que inclui documentos de grande relevância histórica e cultural, está
atualmente a ser identificado e catalogado. O objetivo é preservar este legado
e torná-lo acessível para investigação, tanto a nível local como internacional,
através da sua disponibilização em formato digital. "Este acervo trará a
Montalegre muitos investigadores interessados, uma vez que contém documentos
importantíssimos que serão estudados e consultados por quem quiser, em qualquer
parte do mundo", afirmou a Presidente da Câmara.
Durante
a reunião, o vereador José Moura Rodrigues expressou a sua surpresa e
satisfação pela doação, salientando a importância de “organizar e preservar o
legado do Padre Fontes enquanto o próprio ainda está vivo, permitindo-lhe
orientar o processo. Perpetuar a memória de quem merece é fundamental, e nada
melhor do que fazê-lo através do seu arquivo pessoal devidamente
organizado", referiu o vereador.
A
Presidente destacou também o envolvimento contínuo do Padre Fontes na vida
cultural do concelho, mencionando o seu papel como “mentor do Congresso de
Medicina Popular” e anunciando que o acervo doado terá um lugar de destaque no
“Centro de Estudos do Misticismo e Medicina Popular” , bem como numa sala
especial do Ecomuseu, que já leva o seu nome.
Este
gesto é visto como uma forma de reconhecimento pelo trabalho e generosidade do
Padre Fontes, que sempre se mostrou disponível para colaborar em diversas
iniciativas do concelho. "Honrar o Padre Fontes é algo que este executivo
tem levado muito a sério, seja pela atribuição de medalhas, pela participação
ativa nos eventos culturais, ou pelo respeito e interesse em manter viva a sua
herança", sublinhou a Presidente.
Além do Padre Fontes, Barroso da Fonte também foi destacado nessa reunião, pelo contributo à cultura local, nomeadamente pela doação de cinco mil livros e «17 obras de arte nomeadamente de Graça Morais, Nadir Afonso, José de Guimarães e Eurico Borges».
Nota
da redação:
A jornalista Maria José Afonso, que fez a cobertura desta reunião do executivo da autarquia, teve o cuidado de sossegar os Barrosões quanto espólio bibliográfico deste clérigo de Vilar de Perdizes por onde andou Frei Bartolomeu dos Mártires. O Padre Fontes, a dada altura, foi abordado por um docente universitário do mesmo concelho que apalavrou a compra desse espólio, por cerca de 300 mil euros. Os simpatizantes do reitor de Vilar de Perdizes, que chegaram a saber desse «embruxado negócio», fizeram sentir que a autarquia deveria ter direito de opção. Passados quatro anos, o «bruxo-mor do reino» ofereceu ao arquivo municipal esse valioso espólio.
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João Miranda
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