Caixa de Fósforos de Luxo

 

JORGE  LAGE

Caixa de Fósforos de Luxo – Foi durante o Neolítico que o homem passou a produzir o fogo, através da fricção de pedaços de madeira, depois percutindo o sílex sobre a pirite e, muito mais tarde sobre o aço; mais tarde ainda também o conseguiu através da concentração dos raios solares com a ajuda de lentes. 

Por isso, guardar o fogo permanentemente aceso, partilhando-o com os vizinhos, para evitar o tempo de espera de nova produção, era comportamento frequente. 

Assim, a descoberta dos fósforos, na Alemanha, em 1669, revolucionou tudo quanto se relacionava com o fogo e criou uma indústria de altíssima importância que, rapidamente, se espalhou por todo o mundo. Em Portugal, a primeira fábrica abriu em 1862 na cidade de Lisboa, mas pequenas unidades, normalmente familiares, se espalharam por todo o país, especialmente pelo Norte. No concelho de Viseu, antes do monopólio de 1895, havia 9 pequenas fábricas, obrigatoriamente encerradas nesta data. Uma das mais significativas coleções do Museu de Silgueiros é a das caixas de fósforos (caixas, carteiras e etiquetas). O conhecimento da história destas pequenas maravilhas corresponde ao conhecimento de uma parte importante da história do homem e da sua civilização. Substituir o trabalho moroso de friccionar duas pedras por um simples “riscar” de um fósforo, que distância... E que diferença... As grandes fábricas - incluindo as portuguesas - apresentaram séries com impressões muito belas e, culturalmente significativas, de caixas e carteiras sobre os mais variados temas. Hoje trazemos um exemplar de uma coleção francesa, muito bonita, com relevo, de brasões de cidades ou regiões, esta da Côte d’Azur.

Texto e imagem da ASSOPS-Associação de Passos de Silgueiros (VISEU) (232952001, www.assops.pt e museudesilgueiros@gmail.com