https://www.mdb.pt/opiniao/manuel-cardoso/braganca-e-coisas-com-categoria-joana-ainda-hoje-princesa
Da
nossa parte, deixamos isto:
No
primeiro livro de linhagens de Portugal que se conhece, o Livro Velho das
Linhagens, provavelmente escrito no Século XIII, aparece uma referência a
um “afilhamento forçado”, cometido por um Cavaleiro/Abade, Conde Mendo Alam,
que no Mosteiro de São Salvador de Castro de Avelãs, teria hospedado uma
princesa Arménia em peregrinação a Santiago de Compostela. E ali se lê, na
parte dedicada à linhagem dos Braganções (uma das cinco principais linhagens
existentes no Século anterior à fundação do reino) que “D. Mendo Alão de
Bragança filhou por força uma filha do Rey da Arménia que hia em romaria a
Santiago e fez nela D. Fernão Mendes, o Velho e D. Ouriana Mendes”.
Já
noutro apontamento de linhagens, conhecido por Fragmento, encontra-se
notícia do mesmo acontecimento: “D. Alam foi clérigo e filho-dalgo (fidalgo), e
filhou a filha d’El Rey da Arménia, quando ia em oração a Santiago e foi sa
hospedada em São Salvador de Castro de Avelãs.”.
Porém,
no Nobiliário do Conde de D. Pedro de Barcelos (Século XIV), a parte
dedicada à linhagem dos Braganções (Título 38) começa justamente com o referido
Mendo Alão, que dá como casado com Dona Francisca (que não parece ser a tal
princesa Joana da Arménia), ambos pais de Fernão Mendes de Bragança, o Velho e
de Ourana Mendes de Bragança.
Através
destas “fontes”, ao longo dos tempos foram aparecendo estudos e comentários,
colocando a probabilidade deste episódio fundador da Casa dos braganções ser
verdadeiro. Uma Casa ímpar na nossa História.
Um
deles foi feito na Argentina por um genealogista e jornalista do jornal “La
Nacion” de Buenos Aires, Narciso Binayan Carmona. O estudo, publicado em 1978,
intitula-se “Uma princesa Arménia en Compostela en el siglo XI. Su Genealogia”.
Cada
um pode pensar o que quiser, mas quando se fala em História, as fontes não são
lendas nem mitologias, são factos…
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