Líbano: a "Suíça do Oriente"
que virou um barril de pólvora
Em
crise econômica e social, o Líbano estava prestes a explodir antes mesmo da
tragédia que matou pelo menos 220 pessoas e deixou 300.000 sem tecto.
Berço
da civilização fenícia, que teve seu apogeu há 3.000 anos, o Líbano é
um dos países com maior diversidade étnica, religiosa e cultural do mundo, a
ponto de levar o poeta sírio Nizar Qabbani a afirmar: “Se o Líbano não existisse,
seria nosso dever criá-lo”. No entanto, esse pequeno país, que já foi chamado
de “Suíça do Oriente” por seu dinamismo financeiro, vive há anos uma grave
crise, resultado de corrupção endêmica, irresponsabilidade fiscal e profunda
divisão política. O Líbano tem uma das maiores dívidas públicas do mundo e uma
das piores concentrações de renda. A explosão de uma carga de nitrato de amônio
em Beirute, no dia 4 de agosto, matou quase três vezes mais do que o
coronavírus (o país tem 80 óbitos por covid-19), derrubou o governo do
primeiro-ministro Hassan Diab e não poderia ter ocorrido em pior momento.
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