Carta / Circular
para um jornal onde colaborou o Decano dos Jornalistas Portugueses
Caro (a) Diretor (a)
Dia 24 do corrente João Barroso da Fonte completou 71 anos de
jornalismo activo e ininterrupto, ora na imprensa regional, ora na dita
nacional.
Segundo Alexandre Parafita, em artigo no JN do dia 23/6/2023, ele passou a ser
o “Decano dos Jornalistas Portugueses”, após a morte do confrade Eduardo
Pinto Soares, que fundou e dirigiu o Jornal de Matosinhos, depois de regressar
de Moçambique, onde dirigiu dois diários. No total de tempo rondou os 68 anos
de jornalismo.
Barroso da Fonte iniciou a sua atividade no semanário a Voz de Trás-os-Montes,
em 1953. O que conta para chegar a «decano» é o tempo que decorre entre o 1º e
o último dia e ano, desde que se gaste nessa actividade, seja hobby ou
profissão, ininterruptamente.
Acabou de completar 71 anos e de revalidar a sua carteira profissional (nº
C-2473), por mais 2 anos. Na qualidade de seu biógrafo, procurei e consegui identificar
1899 recortes de jornais no seu vasto arquivo pessoal, que vão na lista em
anexo, que envio apenas para ajuizar do volume de órgãos de imprensa a que
esteve ligado.
Tomei a liberdade de procurar o endereço eletrónico de alguns jornais onde
colaborou e que ainda existem, sobretudo da imprensa regional, para mandar esta
«carta/circular» com a explicação que devo dar aos próprios directores ou seus
representantes.
Saúdo os responsáveis que ele possa ter conhecido neste intervalo de 71 anos
e/ou aqueles que hoje possam tê-los substituído.
Sendo igualmente jornalista, escrevo a nota de leitura
que segue em anexo e que poderá (ou não) ser publicada, caso seja do vosso
interesse, acerca do papel do Decano que é uma figura comum a
todas as profissões. Numas funciona como referencial da classe, noutras como
representante sindical, noutras ainda como pai-avô que dá rebuçados na Páscoa
ou prendas mais vistosas pelo Natal.
Em nome da imprensa e sempre contando com a solidariedade do jornalista mais
velho em atividade, subscrevo-me
João Pedro Miranda
(CPJ nº C-4523)
PS: Contacto do Decano dos Jornalistas
Barroso da Fonte
barrosodafonte@gmail.com
Telm 919632633 / Telf 253 412319.
Decano
dos Jornalistas Portugueses confessa-se
Barroso
da Fonte celebra este mês 71 anos de actividade permanente.
No
preciso dia 24 de Janeiro de 1953, o semanário «A Voz de Trás-os-Montes»
publicou uma notícia de 20 linhas, assinada por «C» de correspondente,
referente a um ato religioso na Igreja de Meixedo, lugar de Codeçoso, concelho
de Montalegre.
Em
2014 o coronel Dias Vieira, em parceria com o jornalista João Pedro Miranda,
apresentaram o livro: «Barroso da Fonte: 60 anos de Jornalismo de causas
e casos», ilustrando, na página 26, o texto da referida notícia
e o logótipo daquele jornal.
Dias
Vieira escreveu ipsis verbis: «Com doze anos rumou ao seminário de
Vila Real, o liceu dos pobres, mas rico na cultura que transmitia aos que o
frequentavam. Foi com 13 anos e ainda no 1º ano de seminário que se estreou
como jornalista. (..) Esta notícia concisa, simples e ainda sem floreados,
marcou o ponto de partida da carreira que, em 24 de janeiro de 2013, completou
60 anos de exercício ininterrupto».
Em
2014 já Barroso da Fonte, nascido em Montalegre em Fevereiro de 1939, tinha
dado a volta aos cantos do mundo geográfico que percorreu em três continentes:
Europa, América e Ásia. Desde inspetor da Barragem de Pisões, a oficial
miliciano (ranger) em Angola, a fiscal do Ministério do Trabalho, no tempo do
PREC; a diretor da Comunicação Social da Zona Norte; a vereador eleito da
Câmara Municipal de Guimarães, com os pelouros da Cultura, Educação e Turismo;
a conservador e diretor do Castelo da Fundação e do Paço dos Duques de
Bragança; e, durante 8 anos, professor no Instituto de Estudos Superiores de
Fafe; nunca deixando de manter, diariamente, a colaboração jornalística, ora
nos diários: Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Diário
Popular, Diário do Norte, Diário do Minho, Província de
Angola, Revista Notícia, Primeiro de Janeiro, ora em dezenas
de outros semanários, quinzenários, mensários e, sobretudo, revistas
literárias, suplementos culturais e, mais recentemente, blogues.
O
escritor e o jornalista que soma 64 títulos de livros, de várias temáticas:
científicas, monográficas, ambientais, desportivas, místicas, romanescas,
lúdicas, recreativas. Nem sempre o escritor e o jornalista se conjugam no mesmo
tom, na mesma semântica e no mesmo âmbito interpretativo. Este diverge do
âmbito generativo.
Barroso
da Fonte, nos 71 anos de jornalismo ininterrupto, tentou e conseguiu conciliar
os dois âmbitos, que Ana Cristina M. Lopes, identificou no seu estudo «Fronteiras
entre Semântica e Pragmática: algumas reflexões» (Coimbra): «a Semântica
constrói como objeto de conhecimento o significado constante das expressões
linguísticas, cuja apreensão apenas activa a competência linguística dos
falantes de uma comunidade. Assim, é à semântica que compete descrever e
formalizar o conhecimento (intuitivo) que os falantes de uma língua têm acerca
do significado explícito e convencional das expressões dessa língua, bem como
das relações de significado que sustentam entre si, nos planos lexical e
frásico (ou proposicional). Por outro lado, a semântica procura ainda captar um
outro aspecto».
Quando
Dias Vieira e João Pedro Miranda assinalaram os 60 anos de jornalismo de
Barroso da Fonte não se previa que, onze anos depois, se decidissem a produzir
um segundo volume, para reafirmar a capacidade, a irrequietude e esse acréscimo
laboral que, automaticamente, lhe garante, até à sua morte, o epíteto de Decano
dos Jornalistas Portugueses.
Coincidiu
esta nova data com os dois meses de Janeiro e de Fevereiro de 2024, com a Global
Média, que foi dos maiores grupos de sempre da democracia, e também com o
5º Congresso dos Jornalistas. Tal confusão trouxe à ribalta o papel daqueles
que prestam relevantes serviços às sociedades mundiais. Os jornalistas do
hemisfério têm sido parceiros dos militares da frente de todas as guerras.
Homens e mulheres de todos os conflitos, arriscam a vida para serem os
primeiros a informar a retaguarda. Poderiam alegar razões para se furtarem aos
maiores perigos. Nada disso. Contudo, são pagos a valores ridículos e a deshoras.
Barroso
da Fonte, ao contrário de muitos e excelentes jornalistas que se reformam ao
fim de 40 a 50 anos, teimou em manter-se, durante 71 anos, ao serviço do
jornalismo, tendo, agora, renovado a carteira profissional por mais dois anos.
Foi
outro ilustre Jornalista, Alexandre Parafita, que, em 23 de Junho de 2023, no Jornal
de Notícias e, com o seu faro de investigador, revelou essa comenda online
que foi acrescida ao seu curriculum vitae.
João
Pedro Miranda
CP. 4543
ISTO AQUI, EM PORTUGAL, SÓ DÃO MEDALHAS OU HOMENAGEIAM AQUELE QUE PREVARICA!- SE FOR PESSOA DE VALOR E QUE ORGULHE A RAÇA, É TRATADO COM SIMPLES INDIFERENÇA ... OH TERRINHA ...!- CAMÕES PORQUE TE ESFORÇASTE TANTO-- QUASE NEM FALAM DE TI...
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJUSTA HOMENAGEM A UM DOS HOMENS MAIS CULTOS QUE JÁ CONHECI E COM QUEM TENHO O PRIVILÉGIO DE PARTILHAR MOMENTOS DE ELEVADA CULTURA E AMIZADE. FUNDOU O JORNAL «VOZ DE GUIMARÃES» QUE DURANTE A SUA EXISTÊNCIA FOI O MAIS ISENTO E MELHOR MEIO DE COMUNICAÇÃO, A PARTIR DA CIDADE BERÇO E O «POETAS & TROVADORES » PARA OS QUAIS TIVE A HONRA DE COLABORAR. ESTÁ NA HORA DE UMA AÇÃO POLÍTICA QUE IMORTALIZE O GRANDE HOMEM E SUA OBRA. PARABÉNS E UM BEM HAJA POR TODO O TRABALHO QUE GENEROSAMENTE TEM PRESENTEADO TODOS OS PORTUGUESES. EM GUIMARÃES NASCEU PORTUGAL E A OBRA DE BARROSO DA FONTE
ResponderEliminar