terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Árvore do ano 2023, em Portugal



JORGE  LAGE



Todos os anos candidatam-se a «árvore do ano» um conjunto de árvores do ano, propostas por entidades ou pessoas ligadas ao mundo dendrológico ou arbóreo. Este ano candidataram-se várias árvores como o mítico «Castanheiro de Guilhafonso», na freguesia de Pêra do Moço, concelho da Guarda.
Mas entra as árvores concorrentes saiu vencedora, o Grande Eucalipto de Contige, concelho do Sátão - Viseu.
Curiosamente os dois grandes eucaliptos de Portugal que eu conhecia eram: O Grande Eucalipto da Gandarela - Celorico de Basto (Braga), com o maior perímetro de tronco; e o eucalipto da Mata de Vale de Canas - Coimbra, com cerca de 75 metros de altura.
Com o Eucalipto de Contige - Sátão - Viseu a «árvore do ano 2023», ficamos a conhecer mais uma árvore gigante.
Cada região de turismo devia promover o roteiro da árvores e matas autóctones de Portugal.
Portugal devia olhar para as árvores e matas autóctones como um bem imenso.
Na Suíça derruba-se mais rápido uma casa e poupa-se uma árvore monumental.
Aliás o importante texto do jornal Público de hoje, de Teresa Serafim, não é totalmente favorável a esta árvore única e majestosa. Se um cão fere ou mata alguém todos saem em defesa. Se uma pessoa mata outra está sempre fora de questão liquidá-lo. Contudo, se os ramos de uma árvore se agitam começam logo as vozes de uma sentença de morte. Então uma árvore não pode ser tratada e evitar danos para quem quer que seja? Elas tudo nos dão e nada nos pedem, apenas que as respeitemos.
Longe vai o tempo que os nossos antepassados Celtas consideravam as árvores possuídas duma força divina e as florestas eram as suas catedrais onde se faziam as celebrações. Ainda, no início do século XX se rezava aos carvalhos, castanheiros e sobreiros para que nos livrassem das doenças.
Tratar mal as árvores em espaços urbanos, como se vê em muitos concelhos as podas bárbaras e o seu abate impiedoso. Estamos a caminhar para uma sociedade sem futuro.
Parabéns a todos os que trabalharam para que fosse possível mais este concurso da árvore do ano e ao vencedor «Grande Eucalipto de Contige».
Gostava muito de estar presente na entrega do prémio.
Jorge Lage
964624132


1 comentário:

  1. Isto é sempre assim... -tudo que seja árvore de terras de Basto, seja de Celorico ou Gandarela nunca ganha o concurso - até as mandar cortar "rentes"!...
    Nem com a "cunha" do Sr. Presidente da República lá vai. Os assistentes dele devem andar todos a "dormir na forma"...

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