Estamos em tempo de advento, para os que somos cristãos, e de um modo geral
a maioria celebra a época natalícia. Muitos vêm de longe, até do outro lado do
mundo, como o meu filho, para estarem com a família porque este tempo mexe com
os homens de boa vontade.
Sói trocarmos votos de Boas-Festas e de um Santo Natal aos que estimamos e
consideramos e a todos os que estamos gratos. No meu caso todos os a todos os
amigos a quem tanto devo. Sem vós não seria o mesmo e não teria a mesma força e
a mesma caminhada.
A alguns nunca chegará esta minha mensagem e que nunca os esqueço, como
aquele vendedor de fruta que encontrei junto ao seu pequeno armazém de frutas,
do lado esquerdo da estrada do Fundão para o Souto da Casa e, receando eu ter
tomado o percurso errado, lhe perguntei:
- Bom dia! Vou bem para o Souto da Casa?
Afável e solicito respondeu-me:
- Bom dia! Está muito perto!
Sem demora, disse-me: - Espere aí que lhe vou dar este braçado de
maçãs para a viagem!
E não é que o Senhor avançou para mim com um braçado de maçãs para mim e
deitou-as para dentro do meu carro?!... Dizendo ao mesmo tempo: - São
para comer na viagem!
E foram o almoço e a merenda, porque feita a investigação no Souto da Casa
dirigi-me para Paúl da Serra, Alvoco da Serra, Lapa dos Dinheiros, sempre pelo
lombo da Serra... depois de Seia já os meus amigos sabem como se chega a Braga,
apenas com o combustível das maçãs do Senhor e água das fontes à beira da
estrada.
Podia falar de outros episódios de investigação, como podia falar de outros
episódios vividos, em paralelo no Projecto PROSEPE/Clubes da Floresta, da
Universidade de Coimbra (Professor Doutor Luciano Lourenço), para o qual
durante mais de 20 anos trabalhei, como Coordenador Distrital, pro
bono, onde tive a felicidade de encontrar Professores/Educadoras do
melhor que pode haver.
Mas, meus amigos/as, a conversa de Boas-Festas já vai longa e o melhor é o
que fica por dizer.
Assim, partilho convosco a mensagem de Boas-Festas do ilustre
cientista/botânico, Professor Jorge Paiva, da Universidade de Coimbra, sendo um
homem de «antes quebrar que torcer», é um dos mais ilustres e famosos
Botânicos/Biólogos da segunda metade do século XX, a nível nacional e
internacional. Só a formar Professores, Alunos e População deve ter feito
milhares de Conferência/Palestras, sem nunca pedir para lhe pagarem transporte,
alojamento. E, pasme-se!... Tanto falava para Doutores como para crianças do pré-escolar.
Sabia, como sábio e pedagogo, adaptar a sua mensagem aos que o escutavam.
Ainda há uma meia-dúzia de anos fazia cerca de uma dezena de saídas
internacionais planeadas pela comunidade científica de Botânica/Biologia
internacional. A comunidade científica internacional foi-o homenageando,
incluindo o seu nome (Paivae) a 8 (oito) (pensava que eram 4, mas são 8)
espécies de plantas classificadas.
Como sou, com muita honra e orgulho, um dos seus muito amigos que
tem, urbi et orbe, a quem mima com um belíssimo postal de um local
que visitou, sempre com uma mensagem ambiental com votos de que o mundo
vá mudando.
Para que esta mensagem chegue a todos os seus amigos, nacionais e
estrangeiros, o Professor Jorge Paiva gasta, anualmente (já lá vão mais de 30
anos), do seu bolso milhares de euros para a expedição, o que deve pesar muito
na sua bolsa.
Assim, fazendo meus os seus votos de Boas-Festas, para os meus amigos/as,
convido-os a ler abaixo o seu cartão bilingue (português/Inglês), este ano
sobre um recanto desértico do maciço granítico geresiano, numa imagem, e noutra
uma inverneira e uma branda, e sob o título: PORTUGAL DENDRODESCOBERTO
(Portugal sem árvores).
Boas-Festas e um Santo Natal 2022, amigos/as,
Jorge Lage.
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