O texto «Polícias, factos e opiniões», de José António
Saraiva, nas páginas 4 e 5, da revista LUZ, do Jornal Nascer do SOL, de
26/11/2022, deixou-me a pensar com os meus botões que a minha liberdade relativamente
ao tempo da ditadura diminuiu bastante, criando uma sensação de insegurança e
policiamento do pensamento.
O que diria hoje Carlos de Oliveira, sobre o seu poema, «Não
há machado que corte, a raiz ao pensamento,...» (cantado por Manuel Freire), e
que no tempo da ditadura cantávamos sem receio?... Mas, é isso que gente
iluminada se arroga o direito de nos levar a pensar (os campos de reeducação já
não devem estar longe) como eles.
O que diria hoje S. Miller, (citado por um filósofo e
professor catedrático português, que muito admiro) quando afirmava que havendo
um milhão de pessoas a pensar do mesmo modo e uma pessoa que pensa de forma
diferente, o seu pensamento deve ser respeitado como o dos demais.
Ora bem, no tempo da ditadura não podíamos fazer a apologia
do comunismo, que alguns autores chamaram de «filosofia da miséria»...
Hoje temos uma série de proibições e ameaças que nos vão
cortando a liberdade e, por vezes o próprio pensamento, porque se torna
proibido pensar, dizer, ...
Vejam bem! No 25 de Abril centenas de milhares de brancos
africanos (alguns com raízes africanas de cinco séculos) foram expulsos de
África pela cor da pele. Ao chegar foram recebidos à pedrada e ao pontapé pelos
que cá estavam. Esses mesmos brancos. passados anos, começaram a receber bem os
africanos de cor escura em Portugal, mas continuam a ser racistas e a maioria
dos portugueses somos racistas.
Eu carrego pela vida fora a dor de amigos africanos terem
sido chacinados só porque serviram o nosso exército e metem-me no saco dos
racistas, como metem todos os humanistas que pensam pela sua própria cabeça,
quando têm um pensamento diferente da actual ditadura do pensamento.
Um vindo de África, vivendo à custa dos nossos impostos,
grunhiu insultando nos canais da comunicação social os deputados de um partido
da direita radical eleitos e, vomitando ódio, não é racista e nem uma
recriminação de ter ofendido milhares de portugueses que trabalham e lutam por
um Portugal melhor.
O que passou durante a gripe chinesa foi antológico, querer
forçar as pessoas a vacinarem-se...
Agora há que crucificar, desautorizar, humilhar os polícias,
pelo que pensam e não fazem, e que nos defendem por uma côdea negra.
Mas leiam o texto lapidar do pensador José António Saraiva
contra os polícias do pensamento e fiquem-se pelo que quiserem.
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