segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Mostra gastronómica da Castanha, na Arrifana - Guarda.


Por JORGE  LAGE


Neste grande evento cultural e promocional da Castanha vou estar, curiosamente, pela quarta vez. Quer dizer que faço o pleno. 
Lá estarei para apoiar a gente amiga e boa e apresentar a Antologia “Quem me dera cá o Tempo - Antologia da Maria Castanha”. Os altobeirões são do melhor que Portugal tem generosos e amigos.

O evento tem evoluído muito na múltipla confecção da Castanha, o Ouro da Terra.

Lá estarei nos dias 3 e 4 de Dezembro próximo.




3 comentários:

  1. "O pobre não tem
    e os ricos não dão.
    Lá virá o tempo das castanhas
    que eles pagarão." (dito popular)

    Pelas vertentes agrestes dançam ao assobio do vento, de pernadas ainda vestidas de amarelo velho erguidas ao cinzento do céu. Do tronco largo criam vergônteas finas que os cachopos hão-de cortar para fazer assobios e que, por isso mesmo, chamam de "castanheiros de assobio". No chão cerziram um tapete que vai do amarelo ao castanho mais escuro, pespontado, aqui e ali, dos frutos caídos do seu regaço.
    Ao longe parecem fantasmas trespassados pelo nevoeiro denso e pegajoso, impossíveis de alcançar pelo comum dos mortais. Majestosos, imponentes, parecem desafiar as leis da vida. Alguns, corroídos pelos anos, mostram as entranhas e oferecem-nas a quem precise de abrigo da chuva ou da neve. ... ... Norberto Gonçalves, In QUEM ME DERA CÁ O TEMPO - de Jorge Lage

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  2. "Curvados pelas Cruzes"- Título do texto do excerto a cima.

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  3. O Magusto do Vale
    Nos anos sessenta, em tempos de míngua, enquanto o Francisco do Paço viveu, deu vida a uma festa popular e que jamais se realiza há mais de cinquenta anos, O Magusto do Vale, em Abadim, Cabeceiras de Basto.
    Quem, no meado do Outono, passasse pelos caminhos que rodeiam o Cerrado do Paço era surpreendido pelo aroma das uvas americanas, que continuavam penduradas nas videiras já sem folhas e que os tordos regressados, com estalagem grátis no pinhal, apreciavam.
    Só uns dias antes do São Martinho eram vindimadas, levadas para o lagar e pisadas. Essa lagarada de doce vinho novo era servida ao povo da freguesia num grande magusto comunitário em que todos eram convidados. Naquele dia festivo, logo pela manhã, duas dúzias de foguetes davam, com estrondo, o sinal para a festa. ... ...
    Quando a noite caía, o Cerrado do Paço era invadido por homens e mulheres que chegavam de toda a freguesia e no terreiro, á volta da fogueira, retiravam as castanhas assadas, com um sabor especial do verde pinho, acompanhadas e enxertadas pelo doce vinho mosto. O António da Emília e o Serafim da Alzira eram os tocadores de concertina e os seus rasgados acordes abrilhantavam a festa. Rodopiava-se e dançava-se e os cantadores ao desafio, o Agostinho das Queirozes, o Custódio e outros, entre eles o Eduardo Fontelas, animavam a desgarrada. ... ... ...

    IN Quem Me Dera Cá o Tempo - Abílio Bastos

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Lançamento do livro do IV Congresso Transmontano e Alto Duriense, na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa

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