ANTÓNIO MAGALHÃES
Há quem afirme que a
vida é apenas 10% do que nos acontece, de bem ou de mal, e os outros 90% é a
maneira como a isso reagimos.
Muitas vezes, alguns
dos nossos maiores problemas, continuam a ser problemas porque lhes damos demasiada
atenção. Dedicamos demasiado tempo, damos-lhe demasiada importância.
Se eu lhe entregasse
um copo com água, e lhe pedisse que o segurasse na sua mão, qual acha que seria
o peso desse copo com água?
Provavelmente
aventurar-se-ia a dar-me um número baseado nos seus cálculos em relação ao copo
e a água nele contida.
200 gramas? Ou…talvez
340 gramas? 275 gramas?
Pois eu digo-lhe que,
o peso do copo com a água não é minimamente relevante aqui, mas sim o tempo em
que você vai segurar nesse copo.
Se o segurar por um
minuto, não tem problema nenhum.
Se o segurar por uma
hora, o braço vai começar a doer.
Se o segurar durante
todo o dia, o braço vai ficar dormente e paralisado.
O peso desse copo com
água, continua a ser precisamente o mesmo que era quando você pegou nele para o
segurar. O peso não mudou, mas o tempo que dedica a segurar no copo, torna-o
cada vez mais pesado à medida que vai passando.
É assim com a vida,
com as preocupaçes e os stresses do dia a dia.
Quanto mais tempo lhes
dedicamos, maior e mais pesado se torna o problema
Se pensarmos nele por
um bocado, não chega a ser um grande problema. Se pensarmos nele por mais
tempo, começa a doer por dentro. Se passamos o dia a pensar nele, sentimo-nos
paralisados, totalmente incapazes de fazer seja o que for.
Ou seja, o problema
não está no peso do copo, nos stresses e preocupações da vida, mas sim no tempo
que os mantemos connosco.
Torna-se num fardo
pesado demais para ser carregado.
Não será melhor pousar o copo?
António Magalhães
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