J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho
A perseguição aos membros da
Companhia de Jesus após a mudança do regime monárquico para o republicano, a 5
de outubro de 1910, é o objeto do livro “Jesuítas na I República: Os mártires
do Regime em Portugal”, de José Carvalho.
«Através de um decreto de 8 de
outubro de 1910, que retomava leis antigas de Pombal e de Aguiar, os
republicanos ordenariam a expulsão dos jesuítas do território nacional. O exílio
forçado de um grupo de cidadãos, ditado indiscriminadamente e em massa, apenas
pelo facto de pertencerem a uma dada organização, constitui um caso único no
século XX português», sublinha António Araújo, na introdução.
A nota introdutória recorda que «o anti
jesuitismo republicano nasceu, cresceu e alimentou-se desde os tempos da
propaganda, da crença na possibilidade de criação de um “homem novo”. O bom
cidadão cumpridor das leis da República, chamado a construir «um regime mais puro
do que o anterior, tido por corrupto, impopular e até antipatriótico».
«Num certo sentido, esta crença
vanguardista era, também ela, «religiosa», não sendo por acaso que abundam
referências místicas (v.g., de inspiração maçónica) no universo das representações
mentais daqueles que procuraram erguer um novo regime, um regime que tudo mudasse,
da política à educação, passando pelo lugar da Igreja ou até pelo desporto e
pela saúde dos corpos», assinala.
O antagonismo contra a Igreja não
foi «obra exclusiva dos republicanos», nota António Araújo: «Já antes, no
período terminal da Monarquia, os governos procediam a severas inquirições às casas
religiosas. Seria a República, no entanto, a levar ao extremo a perseguição à
Igreja, às ordens e congregações religiosas e, enfim, à Companhia de Jesus».
«O presente livro, enriquecido com abundantes ilustrações, constitui uma excelente apresentação, destinada ao grande público, do que foi o tratamento conferido aos jesuítas pelo regime republicano. Insiste-se: podendo alguns não concordar com o estilo do autor, sendo legítimo criticar diversos aspectos da obra em causa, não se pode questionar a autenticidade dos factos nela descritos.»
Em Braga tivemos, O Doutor Lúcio Craveiro da Sllva, o Fundador da Faculdade de
Filosofia Órgão da Arquidiocese- Depois veio a ser o 1º Reitor Eleito da
Universidade do Minho
Lúcio Craveiro
da Silva, S.J., (Covilhã, Tortosendo, 27 de novembro de 1914 – Braga, 13
de agosto de 2007) foi um professor, jesuíta português.
Morte:13 de agosto de 2007 (92
anos).
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