Refrão:
Santa Isabel, ó Rainha,
Isabel, ó Santinha,
Vem aos pobrezinhos:
Traz pão, amor e vestidos
Nos olhos doridos
De esposa e de Mãe...
Volta, ó Rainha imortal,
O Rei não fará mal,
Pois praticas o Bem!
1. Às escondidas, um dia, a Rainha
Levava esmolas dentro do regaço;
O Rei pergunta onde vai, donde
vinha...
Com medo, a Rainha não dá mais um
passo!
Responde então a Rainha ao marido
Santas palavras que são mentirosas:
– “Eu, meu Senhor, nada levo
escondido,
Passei pelo jardim e trouxe algumas
rosas...”
2. Fraca mentira a Rainha arranjou,
Pois é Janeiro e rosas nunca há...
O seu marido mais desconfiou
E logo ordenou:
– “Abra o
regaço! Já!“
O pão... são rosas... a roupa... são
rosas...
As mãos... são rosas... que brancas
que são!
Tal é o milagre do pão feito rosas
Que o Rei ajoelha pedindo perdão!...
Ver em (livro):
Leonardus, o Profeta - Canções e
História da Pátria Antiga (Pág 70-71)
Na net:
https://amadora-sintra-editora.pt/produto/cancoes-e-historias-da-patria-antiga/
Altino M Cardoso
No dia 4 de Julho celebra-se O Dia da Rainha Santa Isabel
"Feriado municipal na cidade de
Coimbra, 4 de julho é marcado como o Dia de Santa Isabel de Portugal - também
conhecida como a rainha santa da concórdia e da paz. Sua história,
infelizmente, foi cheia de lutas e tristezas em função da infidelidade de seu
marido e das disputas políticas entre as cortes de Portugal e da Espanha.
Em 1271, na Espanha, nasceu uma
menina em uma família cheia de santos, imperadores e reis. Com o nome de
Isabel, a jovem foi criada pelo avô, Tiago I, porque na época seu pai ainda era
príncipe e não tinha tempo para educá-la.
Tiago já havia se convertido ao
cristianismo e vivia de acordo com os mandamentos, portanto, criou Isabel com
os mesmos ensinamentos, passados por Jesus Cristo. Aos 12 anos, Isabel recebeu
três pedidos de casamento e, por escolha do seu pai, casou-se com dom Dinis,
futuro herdeiro do trono de Portugal.
Quando foi coroada rainha, a jovem
era considerada como a mais bonita da corte, sem contar com sua personalidade
amável, que era sempre motivo de elogios e admiração de todos.
A rainha Isabel teve dois filhos:
uma menina chamada Constância e Afonso, o novo herdeiro do trono de Portugal.
Contudo, o rei vivia traindo Isabel e ela não reclamava das atitudes do
parceiro, mas o perdoava de coração, pois acreditava que seu casamento não
teria fim, já que foi realizado com a benção de Deus.
Infelizmente, sua filha e genro
morreram ainda jovens e a rainha, com toda a sua bondade e amor, criou seu neto
na fé cristã.
A vida de Isabel foi marcada por
tristes episódios familiares e por desavenças políticas.
Seu filho, Afonso, tinha uma
personalidade difícil que gerava comportamentos inadequados aos olhos da mãe.
Além disso, a rainha sofreu por um longo período para provar sua inocência
sobre uma calunia de um cortesão. Com todos os desafios que a cercavam, Isabel
se mantinha fiel aos ensinamentos do cristianismo e utilizava da sua influência
para pregar a concórdia e a paz entre os membros das cortes de Portugal e
Espanha.
Quando não estava lidando com assuntos políticos, ela cuidava dos pobres e enfermos por meio de sua caridade. A construção do santuário do Espírito Santo em Alenquer, do Mosteiro de Santa Clara de Coimbra e do mosteiro cisterciense de Almoster foram obras de Isabel. Ela também criou o Hospital dos Inocentes, em Santarém, para abrigar crianças abandonadas. Outras instituições eram ajudadas pela rainha, como hospitais para leprosos, creches e asilos.
Em 1335, com a morte do seu marido,
Isabel passou a morar na cidade de Coimbra, em Portugal, no mosteiro das
clarissas. Ela abdicou seu título de rainha, entregou a coroa no altar de São
Tiago de Compostela e entrou na Ordem Terceira Franciscana. Toda sua riqueza
foi dividida entre obras de caridade e, assim, viveu na pobreza até a morte, em
4 de julho de 1336, realizando até o fim trabalhos voluntários com doentes e
necessitados.
A mulher de D. Dinis, a rainha Santa
Isabel, tornou-se célebre pela sua imensa bondade. Ocupava o tempo a fazer bem
a quantos a rodeavam, visitando e tratando doentes, distribuindo esmolas pelos
pobres.
Ora, conta a lenda que o rei, já
irritado por ela andar sempre misturada com mendigos, a proibiu de dar mais
esmolas. Mas, certo dia, vendo-a sair furtivamente do palácio, foi atrás dela e
perguntou o que levava escondido por baixo do manto.
Era pão. Mas ela, aflita por ter
desobedecido ao rei, exclamou:
- São rosas, Senhor!
- Rosas, em Janeiro?- duvidou ele.
De olhos baixos, a rainha Santa
Isabel abriu o regaço - e o pão tinha-se transformado em rosas, tão lindas como
jamais se viu.
Em 1665, Santa Isabel de Portugal
foi canonizada pelo papa Urbano VIII. Considerada padroeira de Portugal, ela é
conhecida por ser a rainha santa da concórdia e da paz por ter pregado esses
valores ao longo de toda sua vida".
O meu primeiro terço foi-me
oferecido pelo meu avô. É em prata e vem num caixinha de prata com a efígie da
Rainha Santa Isabel. Como não sei se as minhas filhas irão ter em conta o valor
que lhes atribuo, deixarei disposto que me acompanharão na última viagem.
Com certeza podemos dizer que em 1282 a Rainha Santa Isabel pisou pela primeira vez solo português, em Maio, dia da Senhora da Ribeira. O facto de a princesa Santa Isabel ter entrado por Quintanilha e ter rezado no Santuário, mudou para sempre a história deste.
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