segunda-feira, 4 de julho de 2022

«O Actual Governo Mudou o nome do dia de «Camões e da Raça» Porquê-?-»

 

Reflexões JBM _Julho 2022

 

No dia 10 de junho celebra-se em Portugal o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

 Este dia, feriado nacional, é uma homenagem ao grande poeta Luís Vaz de Camões, autor d´Os Lusíadas, a maior obra épica de Portugal, que faleceu no dia 10 de junho de 1580.

Porém, ao que consta, no Rio de Janeiro, Embaixada de Portugal, comemoração do Dia de Camões, de Portugal e da Raça, com a presença do Marechal Humberto Castelo Branco. 

Até 1977 a designação era “Dia de Camões, de Portugal e da Raça” e ninguém se sentia ofendido pela inclusão da palavra “raça”, pois bem se entendia que ela significava “miscenização” ou “mestiçagem”, Não “racismo” e os povos de todo o  Brasil são o exemplo mais acabado dessa maneira de ser, de ontem e de hoje, dos portugueses que demandaram  outros continentes para melhor governarem a sua vida.  Portanto, mesmo hoje, depois do 25 de abril de 1974, há portugueses não só no Brasil, mas em Angola, Moçambique, Guiné Bissau e Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Ora, como o PCP e o Bloco de Esquerda entendem e difunde-se no Ensino Básico e Secundário que os Portugueses de 1500 até à “descolonização Exemplar do Mário Soares, tendo por detrás o Álvaro Cunhal, nada descobriram; apenas roubaram os povos com os quais conviveram.

Os governantes, depois do 25 de abril de 1974, dando alguma satisfação ao Partido Comunista (PCP) e ao Bloco de Esquerda (BE) mudaram a designação de «Dia de Camões, de Portugal e da Raça» para “Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas”.

E este ano esse dia foi celebrado pelos governantes portugueses com “Pompa e Circunstância” não só em Portugal como nalguns países europeus.

 Em Braga, cidade onde se iniciaram as comemorações oficiais, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa - a população encheu as varandas e as imediações da principal avenida da capital da cidade, a Av. da Liberdade, aplaudindo os discursos  e os militares que desfilaram durante cerca de uma hora.

Nas cerimónias em Braga, estiveram também o presidente da Assembleia da República, a ministra da Defesa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros.

 A seguir Marcelo Rebelo de Sousa foi a Londres visitar comunidade portuguesa    

Claro que também se aproveitam estas e outras comemorações para “caçar” votos nas próximas eleições: O primeiro-ministro, António Costa, assinalou o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Numa mensagem na rede social Twitter António Costa, e escreveu:

"No Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, saúdo todos os portugueses  que, pelo mundo, comemoram a nossa língua, a nossa cultura, a nossa história e tudo o que constrói a identidade de um povo. Nós Celebramos Portugal e continuamos a trabalhar por um país melhor".

O Presidente da República fez hoje um elogio ao povo português, no seu discurso no 10 de Junho, "a arraia-miúda" que construiu Portugal e se espalhou pelos oceanos e que "se desdobrou em dois" na independência do Brasil

"É o povo português a razão de sermos o que somos e como somos, de sermos Portugal, viva o povo português, vivam os portugueses de ontem, de hoje e de sempre onde quer que façam Portugal. Viva o nosso querido Portugal", declarou o chefe de Estado, na cerimónia militar comemorativa do 10 de Junho, na Avenida da Liberdade, em Braga.

Num discurso de aproximadamente 15 minutos, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, ao longo da História de Portugal, desde a separação do Reino de Leão, esteve "sempre, sempre presente o povo"

"Se é verdade que os seus soberanos, os seus líderes, os seus chefes encheram também páginas da nossa História, não é menos que sem o povo, sem a arraia-miúda de que falava Fernão Lopes, não teria havido o Portugal que temos", defendeu.

"Porque foi esse povo quem morreu aos milhares na conquista do território, partiu em cascas de noz pelos oceanos para o desconhecido, ficou espalhado um pouco por todo o universo, e deixou língua, alma e saudades das raízes. E ainda esteve nos momentos decisivos para podermos vir a ser o que somos, desde os combates nos séculos XIV e XVII pela nossa independência, a nossa restauração", acrescentou.

O chefe de Estado dedicou parte do seu discurso à Constituição de 1822 e à independência do Brasil, no mesmo ano: "Celebramos este ano dois séculos do começo do fim do nosso império colonial, partilhando o júbilo dos nossos irmãos do outro lado do Atlântico como outro passo do nosso povo, que se desdobrou em dois, o povo brasileiro e o povo português, com a naturalidade do que era inevitável e portador de futuro"

Assinalando a Cimeira dos Oceanos que terá lugar em Lisboa no fim deste mês, defendeu que "só é possível em Portugal porque o mesmo povo português escolheu o oceano como seu destino"

"São os milhões e milhões de portugueses de carne e osso que fizeram Portugal, que fazem Portugal, que farão Portugal. Foi o povo que deu o que tinha e o que era sempre Portugal. Foi o povo português que cruzou oceanos e fez dos oceanos a nossa nova terra de futuro", declarou

O Presidente da República também esteve com a Comunidade Portuguesa em Andorra para as Comemorações do Dia de Portugal. 12 de junho de 2022.

Como diz o negro em Moçambique, por exemplo; “O Senhor PR falou muito bem mas não «disse»”: Não disse qualquer coisa que lhe interessasse: por exemplo a data em que o salário do negro seria aumentado, etc., etc.

Por exemplo, na visita à comunidade Portuguesa num país qualquer nada se disse quanto a problemas importantes, como seja o tempo de residência temporária, usualmente 3 meses, que um português poderá (poderia) transformar em “residência

permanente”, o que lhe permitiria legalmente obter emprego e não ter de trabalhar barato

em empregos provisórios e ilegais e também outras regalias que têm os naturais do país em causa.

Noticiaram-se ações dos embaixadores portugueses nas capitais de África e de «todo o mundo» mas isso não aconteceu nem em Luanda nem em Maputo. Aí os embaixadores

de Portugal NADA fizeram.  Por exemplo, poderiam oferecer gratuitos livros para Ensino

Básico e Secundário da Língua Portuguesa e outros livros de divulgação das acções positivas dos portugueses no mundo.  

Por hoje por aqui me fico

Braga, 1 de Julho_2022 

J. Barreiros Martins Prof. Cat. Emérito Jubilado da Universidade do Minho

 

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