Á luz do
direito internacional a 8invasão de putin à Ucrânia é um acto desprezível.
Depois de 12 dias de guerra 1qualquer cidadão decente sabe hoje que Putin, como
diz a embaixadora ucraniana em Portugal, é um terrorista, um fascista e um
nazista. 147 cidades russas protestam contra a guerra e Putin e os seus lacaios
soviéticos predem aqueles que têm essa coragem. Alguns oligarcas, com alguma
decência, já pediram a Putin que acabasse com a guerra. Putin impõe nas
negociações coisas inadequadas. Exige que a Ucrânia cesse a ação militar, mude sua Constituição para
resguardar neutralidade, reconheça a Crimeia como território russo e reconheça
as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes.
Putin é
um louco. Como é que a Ucrânia pode negociar estes pontos? Não há negociação
possível. Tanto assim é que o presidente Volodimir Zelensky já disse que assim
nada feito.
Neste momento Putin apenas tem o apoio de energúmenos como, por exemplo, o filho do presidente do Uganda. E quem é este sujeito?
O Uganda conseguiu sua independência no ano de 1962. Em 1967 sofre um golpe e as tribos que queriam um governo federal deixam de ser reconhecidas. Em 1971 o governo sofre um golpe militar e Idi Amin toma o poder de forma ditatorial no país. Essa ditadura foi relativamente curta — durando 8 anos — porém sanguinária resultando na morte de mais de 300 mil ugandenses.
Em 1980 houve uma nova eleição após a retirada de Amin do poder, porém outro golpe militar ocorre em 1985. Em 1986 um dos líderes dos grupos rebeldes assume o governo, Yoweri Museveni. Permanece no governo até o momento atual, após vencer seis eleições consecutivas.
No ano de 1993 Museveni reconheceu as tribos como “instituições culturais”, agravando o conflito interno
porém a luta de diversos povos pelo seu reconhecimento e a volta da criação de uma unidade de federação com poderes políticos e administrativos continua, levando o país a diversos conflitos internos com os rebeldes.
A Transparency International classificou o setor público de Uganda como um dos mais corruptos do mundo, e em 2016, a nação classificou-se em 151º entre 176 na lista de percepção de países transparentes (TRANSPARENCY INTERNATIONAL, 2020).
Desde 2015, 13 países africanos já enfraqueceram restrições legais acerca de limites temporais de mandato que estavam em vigor, incluindo Uganda, que removeu em 2005 o limite de dois mandatos consecutivos para que Museveni continuasse no poder. Em 2017, o limite de idade para a presidência também foi removido no país – Apenas candidatos entre 35 e 75 anos poderiam assumir o cargo. O atual presidente, hoje com 76 anos, não poderia continuar a presidir os destinos da nação, e, para se manter no poder, alterou a constituição, possibilitando que pudesse ser presidente por mais 5 anos (SIEGLE, COOK, 2020).
É este tipo de gente que apoia Putin!
Entretanto o rublo caiu 87% e a economia russa já deu um trambolhão enorme, a Ucrânia já recebeu armas letais dos parceiros europeus, e o Tintin já lá está …em defesa da liberdade, da justiça e da humanidade!
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