sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Afeganistão - imagens de desespero


Bebé a ser salvo por soldados americanos

Afegãos correndo à frente de avião americano
 Afegãos no interior de avião americano


Estas imagens mostram bem a ideia que os afegãos têm desses bandidos talibãs.

Uma semana depois dos acontecimentos, lá aparecem os Komentadores do costume, nas televisões do costume. Que dizem? Nada!


Embora as causas sejam diversas e complexas, há duas que esta gente não Komenta com profundidade: a corrupção e o abandono dos comandantes corruptos afegãos. Qualquer lusitano com metade dos meios que estes corruptos comandantes tinham, dariam caça aos talibãs com facilidade. Os EUA armaram o exercito afegão com o armamento mais moderno e sofisticado. Tivesse havido meia dúzia de comandantes a sério, e os talibãs estavam agora a ser escorraçados. Essa coragem parece estar agora a renascer no último reduto da resistência afegã, no Vale de Panshir

 

Do Delito de Opinião, de Pedro Correia, retirou-se:

Nem é preciso perguntar. Eles - e elas, sobretudo - estão a responder há semanas, abandonando o país em massa. Como podem. Por vezes sem levarem mais nada senão a roupa que têm vestida.

Quem não consegue fugir, teme o pior.

Como a estudante universitária que alude às «faces hediondas dos homens que odeiam mulheres»: já são eles a mandar de novo. Ou a juíza que desempenhou estas funções durante dez anos e se confessa apavorada perante a perspectiva de se abrirem as portas das prisões cheias de reclusos a reclamar vingança.

Não há lugar para elas - nem para muitas outras - nas evacuações de emergência que prosseguem há 72 horas, com cada um a tratar de si, deixando para trás a multidão de heróis quotidianos que concretizaram vinte anos de frágil mas efectiva liberdade no Afeganistão. Já hoje, um avião militar australiano levantou voo de Cabul com apenas 26 pessoas tendo espaço para transportar 128.

Caso para perguntar: ninguém mais merecia ir a bordo?
Quanto a Joe Biden, nada de novo. Reedita o triste papel desempenhado por Gerald Ford em 1975, em Saigão, e Jimmy Carter em 1980, em Teerão. Limita-se a repetir, com menos poder de síntese, o que Henry Kissinger declarou há 46 anos, a propósito do Vietname caído às mãos dos comunistas: «A boa notícia é que a guerra terminou. A má notícia é que a perdemos.»


1 comentário:

  1. As causas são, sem dúvida, diversas e complexas, e algumas delas estarão dentro de muitos daqueles com que diariamente nos cruzamos, especialmente na

    tela da televisão.
    Por falar em lusitanos: o que teremos de comum - genericamente falando, claro - com os facínoras desenfreados responsáveis por esta desgraça toda?
    Procurei responder em https://mosaicosemportugues.blogspot.com/2021/08/talibas-e-talitugas.html, onde terei gosto em contar com a sua opinião sobre o que concluí.

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