Um
livro que assinala os 60 anos de jornalismo de Barroso da Fonte. Editado em
co-autoria por António Dias Vieira, coronel reformado, e João Pedro Miranda.
Foi lançado em 2013 pela editora Cidade Berço (Guimarães). Um livro imprescindível para conhecer a vida e a obra deste Transmontano e Homem, de causas.
Consulte este site: https://5l-henrique.blogspot.com/2013/04/livro-sobre-barroso-da-fonte-60-anos-de.html
ELE TERIA SIDO O MELHOR MINISTRO DA CULTURA ...
ResponderEliminar"Prefiro falar-vos do Barroso da Fonte inimigo da mentira, do Barroso da Fonte amigo, conselheiro e padrinho de muitos jovens escritores, do Barroso da Fonte construtor de mundo. Jornalista e colaborador de dezenas de jornais, fundador de outros tantos, esteve sempre ao lado dos que eram enjeitados pelos vários regimes ...
Do Barroso da Fonte poderia estar aqui a tecer louvores que nunca me cansaria, mas fico-me por esta: ele teria sido, porventura, e caso este país atinasse na escolha das competências que nos deviam governar, o melhor ministro da cultura que poderíamos desejar. Talvez nunca se chegue a saber o que perdemos por ele nunca o ter sido (...) " .
{ Francisco Gouveia In Notícias de Douro, 05/03/ 2011]
In Barroso da Fonte 60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos
AO INSIGNE DR. BARROSO DA FONTE
ResponderEliminarDos grandes de Barroso és o maior.
Na audácia, no talento, no saber,
No espírito, nas obras, no clamor
Da genuína essência do teu ser.
Canto-te porque és digno e com valor
Dizes sempre o que tens para dizer.
Sem reparar aquém, seja a quem for,
Pela verdade e doa a quem doer.
És o terror que assola os vendilhões,
O banditismo torpe, os aldrabões,
E toda a casta vil da mesma laia.
Sem atender à hora, dia e noite,
Da canalha infernal és um açoite,
Dos fracos e oprimidos a atalaia.
CLÁUDIO CARNEIRO
In Barroso da Fonte 60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos
ACIMA DE TUDO UM BOM AMIGO
ResponderEliminarJoão Barroso da Fonte nasceu no seio de uma família numerosa, na aldeia de Codeçoso, concelho de Montalegre. Tendo mais nove irmãos, cedo foi obrigado a fazer ouvir a sua voz e a afirmar a sua identidade no seio do grupo familiar.
Porventura foi esta aprendizagem que o inspirou para, mais tarde, dar voz à sua região, sem voz. (...)
...
Teve quase sempre o condão de retirar ouro onde outros só viam areias e deserto, surpreendendo, desconcertando. Neste contexto é um ser revelado.
Encontrámo-nos pela primeira vez em Janeiro de 1964, quando tomámos, no Porto, o mesmo comboio a caminho de Mafra para cumprir o serviço militar.
Nessa noite selámos uma amizade que ficou para toda a vida. Estivemos na mesma companhia de instrução , dormimos na mesma caserna e até partilhámos a mesma camarata (um no rés do chão, outro no 1º andar).
Esse tempo de juventude revelou-me um ser romântico, apaixonado, escravo da disciplina e, por vezes, um pouco ansioso.Com o decorrer do tempo fui compreendendo melhor os referenciais de um seminarista dessa época.
Éramos diferentes mas nem sempre o reconhecemos nem respeitámos essa diferença .
Discutíamos e debatemos ideias, por vezes de forma exacerbada ...
O João vivia nessa altura uma profunda paixão sempre contrariada pela senhora da casa onde vivia o alvo da sua paixão. Tais contrariedades inspiraram-nos sonoras gargalhadas e deliciosas expressões de humor. Mas a par deste lado divertido o meu amigo sofria e só o seu caderno conhecia o sentir profundo do jovem idealista desesperadamente à procura do amor verdadeiro.
É certo que muitas vezes compensava esse sofrimento quando se prendia num olhar doce, num movimento, num gesto de corpo de mulher que o arrebatava em auspiciosos versos. ...
...
A sua obra expressa o vigor da sua energia, da sua disciplina e da sua perseverança. A sua natureza íntima continua porém insondável para a grande maioria.
(...)
ANTÓNIO CHAVES
In Barroso da Fonte 60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos
PARA BARROSO DA FONTE
ResponderEliminar(Lides da Vida...)
Do centro da ateneia praça, citas à maneira...
Ventam alguns apupos, mas chovem os olés!!!...
Receosa, a "besta", encosta-se à madeira,
Guardiã das lides...crença verdadeira,
Mas tu, nobre diestro, mostras-lhe quem és!
O "toiro" é matreiro...É folgado...É vaidoso...
Veio de alta escola, amestrado em Espanha!
Entrou pela lusa-arena, algo fero e rancoroso...
Investiu em teu ferro valoroso,
Pondo ali a nu, a extensão de sua manha!
Mas ao ver-te surgir, em teu cavalo-alado...
Como no Sítio da Nazaré, surgiu Dom Fuas!
Ficou o "bicho", com tal sorte, desnorteado...
E perante tal visão, apavorado...
Foi saindo em ziguezague, ás arrecuas!...
Levou, por fim, a estocada de morte,
E para sempre acabou o seu berreiro!...
Em frente a ti, o "toiro", por mais forte,
Mesmo sendo bafejado pela sorte,
Não escapa a teu ferro justiceiro!
ALFREDO MARTINS GUEDES
(Aveiro - Setembro 2002. Mês de bravas lides...)
In Barroso da Fonte 60 Anos de Jornalismo de Causas e Casos
JOÃO PEDRO MIRANDA - FILHO DE DR. BARROSO DA FONTE - NA CONTRA-CAPA
ResponderEliminarO homem é o somatório daquilo que acrescenta ao saber dos outros. E os outros são todos aqueles que fazem o mesmo na sucessão cósmica que integra tudo e todos.
Na vida tudo interage numa relação de oposição entre o sujeito pensante e o objecto pensado.
É nesta interacção intemporal que o homem vale pelo que acrescenta ao que preexiste e que se chama progresso. Foi também nessa perspectiva antropológica que Ortega y Gasset abordou a sua teoria sobre «o homem e a sua circunstância».É também esta dimensão antropológica que suporta o espírito da junção biográfica de Barroso da Fonte., condensada nas 256 páginas deste volume. Sessenta anos de militância diária no jornalismo de intervenção social, não é acto comum à maioria dos mortais . Sobretudo quando o mesmo autor se parte e reparte por tantíssimas outras causas públicas que geram casos de interacção pública de níveis comunitários . Estes 60 anos de intervenção militante em todos os ramos da discussão social e política têm ,naturalmente, um mediatismo e relevância que não podem nem devem confundir-se com questões paroquiais , com boatos de feira ou com ficções regionalistas que morrem por cada nova estação .
O autor de quem aqui se fala não é um trepador de montanha, nem um maratonista de longo curso. Bastará ler nas entrelinhas de cada causa e de cada caso aqui aflorado para perceber que se trata de um somatório de causa e de casos que vão para além dos horizontes dos Cornos das Alturas de Barroso, do marco geodésico do Larouco, ou dos penhascos da Mourela ou do Gerês . A sua mundividência intelectual, cultural e cívica galgou montes e vales; atravessou fronteiras , sobrevoou terra, mar e ar. Semeou nos longes de África idéias , projectos e convicções. Cheirou a Asia , inspirou a pureza tropical da América do Sul, inscreveu a marca da sua personalidade em Manaus, descobriu Londrina e levou às comunidades da Lusofonia norte-americana, desde S.Diego, ao Clube Vasco da Gama em Bridgeport, ás saudosas Torres Gémeas de Nova Iorque, ao Museu de Hartford ou Centro Cultural de Newark, o abraço da fraternidade Lusa. Foi um périplo de transumância global que cumpriu uma espécie de aprendizagem permanente que abre os olhos a quem julga que nasceu com eles abertos e gera calafrios na alma de quem, pensando ter feito muito, com o pouco que fez à sua volta, regressa à terra , embrulhado num esquife que desaparece com o pó das primeiras ventanias.
Como filosofo de formação e antropólogo de vivência sistemática, cedo adoptou para lema de vida a máxima de Sócrates : quanto mais sei, mais reconheço que nada sei.
Barroso da Fonte costuma dizer que não teve tempo de ser criança . Foi assim a sua geração em Terras de Barroso que ele transformou no centro do do seu Mundo. ...
(...)
In Barroso da Fonte 60 Anos de Causas e Casos