O país está apinhado de estudos.
Contudo, nunca se livrou da BANCARROTA. Mas para os do costume, nunca nada
esteve mal, porque foi sempre nos bolsos deles que se sentiu tilintar o “vil
metal”.
Anteontem surgiu mais um
estudo. Este sobre as
consequências nas aprendizagens e, portanto, nas aprendizagens produzidas pelo
primeiro confinamento.
O estudo analisa resultados dos
alunos dos 3º,
6º e 9º ano, e apenas em três disciplinas. Não analisa alunos do
secundário, por exemplo. Porquê? Porque os negacionistas da pandemia são os
mesmos negacionistas do Ensino à distância, e se analisassem os resultados,
pelo menos do Secundário, os resultados do estudo não prometia o que promete
para as seitas.
Vamos por partes.
Conforme se entrou em confinamento em
Março do ano passado, não era de esperar que os resultados fossem outros (e
mesmo estes já foram bons demais). Ninguém estava preparado, de alunos a
professores, passando pelos pais. Mais, todos vimos como o governo e o seu
ministério de educação se comportaram: negando o encerramento das escolas.
Logo, ao negarem a pandemia, não deram tempo aos professores de darem o seu
melhor. Mesmo assim, os resultados que dá este estudo, são óptimos perante as
circunstâncias. Claro que as seitas só leram o que lhes interessou, até porque
o estudo não aborda questões como:
- O governo e o ministério da
Educação fizeram o que deviam?
- Os alunos estavam apetrechados com
as ferramentas necessárias?
- Os professores tinham o mínimo de
condições para transmitir o conhecimento à distância?
Claro que isto não está no estudo,
porque o objectivo é negar o ensino à distância, como se notou ontem quando as
seitas do costume, nas televisões e jornais do custume exultaram com as conclusões: “ indicadores permitem já
perceber que há um impacto do ensino remoto no nível do conhecimento”.
E vieram logo com a conversa fiada de
sempre das desigualdades e das aprendizagens.
Não é verdade. O problema não está no
ensino remoto. O problema está nas condições desse mesmo ensino. Que o governo
nunca quis resolver. Nem o governo nem as seitas, por duas razões:
1 - o ensino remoto evita o trabalho
escravo nas escolas
2 – o ensino remoto evita que o
trabalho dos pais seja feito por outrem.
Quando se paga às operadoras uma
velocidade de 100 na internete e se trabalha com uma de 30, isto diz tudo.
Criem as condições e o ensino remoto
só trará vantagens. Desde logo, disciplina aos alunos, aquilo que é mais
urgente, e responsabiliza os pais, coisa que hoje não existe.
Os indicadores deste estudo só
poderão ser racionalizados com um estudo para o segundo confinamento, e para
todos os graus de ensino. Mas nesse segundo estudo vão ter que ser analisados
os três pontos que não foram analisados no primeiro:
- O governo e o ministério da
Educação fizeram o que deviam?
- Os alunos estavam apetrechados com
as ferramentas necessárias?
- Os professores tinham o mínimo de
condições para transmitir o conhecimento à distância?
Ora o que esta gente pretende é abrir as escolas com se nada tivesse passado. Como, por exemplo, estivéssemos em 2007! Com tudo ao molho e fé em Deus; com 30 alunos por turma; com o mesmo número de professores e funcionários e com os dirigentes do costume, incluindo as seitas!
Preparem-se. Quem sabe o que é uma pandemia (quem as estudou - as que aconteceram ao longo da história), sabe que a coisa está para durar. E vão preparando o próximo ano para o ensino à distância. Se não total, pelo menos parcialmente.
Neste blogue viemos sempre a alertar para a coisa a devido tempo. E já estamos a fazê-lo com meio ano de antecedência.
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