Goste-se ou não dele, temos de aceitar a existência de dois factos que não podem ser postos em causa: Cavaco foi o único político que venceu cinco eleições de âmbito nacional, quatro delas com maioria absoluta, e foi durante o seu consulado, mal-grado os grosseiros erros cometidos, que se assistiu ao único período de crescimento económico que o País conheceu desde a abrilada, com uma efectiva melhoria das condições de vida das pessoas.
Cavaco Silva, à semelhança de qualquer outro político dos que nos saíram em rifa, quando fala é habitual que diga asneiras. Mas, desta vez, disse uma verdade incómoda, daí o burburinho que provocou junto de tantos indignados.
Somente os mais distraídos é que poderão duvidar da autenticidade da afirmação de que vivemos numa democracia amordaçada, ou seja, num regime camuflado de democrático, mas que, na realidade, se transformou em totalitário e no qual os mais elementares direitos constitucionalmente reconhecidos nos são sonegados.
Um regime em que a imprensa livre não passa de uma utopia, porque quase toda se deixou vender aos interesses instalados, nomeadamente da corrupção, abdicando de escrutinar a actividade governativa, antes se tornando numa sua correia de transmissão.
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