Ontem o
primeiro-ministro apresentou o “plano de desconfinamento”.
Para quem
tenha estado atento, entre o que ouviu e o que não ouviu, não ouviu nada.
O que se ouviu
foi uma determinada calendarização, sempre com aquela ânsia doentia da abertura
das escolas.
Os latinos são
assim. Não aprendem. Hão-de bater com a cabeça na parede uma dúzia de vezes e
só depois de obrigados por alguém, poderão actuar com alguma racionalidade.
O
primeiro-ministro disse as generalidades do costume e que todos sabemos: lavar
as mãos, manter a distância e por aí adiante...
Vejamos apenas
dois pontos: os transportes públicos e as escolas.
O que disse o
dr. Costa sobre os transportes públicos? Nada! E o que disse sobre as escolas?
Nada!
Sobre os
transportes públicos nada se ouviu sobre o número de passageiros, por exemplo.
E sobre as
escolas nada disse sobre como estas irão reabrir. Reabrirão como em Setembro?
Se assim for não tardaremos a recuar. Disse alguma coisa sobre o número de
alunos por turma? Não. Disse alguma coisa sobre a questão de implantar a
disciplina em relação aos alunos? Não. Disse alguma coisa em relação ao número
de funcionários? Não. Disse alguma coisa em relação aos horários lectivos de professores
e funcionários? Não. Quanto à testagem iremos assistir à aldrabice e tolice do costume.
As escolas,
temos a certeza, vão abrir nas mesmas condições que abriram em Setembro: Tudo
ao molho e fé em Deus!
E a prova é
que reabrem já na Segunda-feira, sem nenhum plano ter chegado aos Agrupamentos
e às organizações sindicais.
Não há emenda!
Tudo isto
porque quem dirige as operações é a pupila da senhora reitora, que nada entende
do assunto – só entende de ideologia.
Aliás, até o
dr. Costa já insiste na patranha das aprendizagens! As aprendizagens, sustentam-se
em duas questões fundamentais: disciplina e esforço (trabalho). Seja em aulas
online, seja em aulas presenciais!
Quanto às desigualdades têm sido sustentadas em critérios errados. O único critério sensato e racional para as eliminar (se é que é possível eliminá-las) é o rendimento. Do qual nunca falam. Porque lhes interessa manter a conversa fiada do costume que atira cidadãos contra cidadãos através da inveja – que é criada por esta elite provinciana.
Claro que as seitas do costume estão na linha da frente do aplauso. Não pelo empenho e na melhoria da coisa, mas por pura conveniência pessoal.
País de bananas governado por sacanas.
ResponderEliminarD.Carlos