sexta-feira, 12 de março de 2021

A conta gotas ? ...

 

Ontem o primeiro-ministro apresentou o “plano de desconfinamento”.

Para quem tenha estado atento, entre o que ouviu e o que não ouviu, não ouviu nada.

O que se ouviu foi uma determinada calendarização, sempre com aquela ânsia doentia da abertura das escolas.

Os latinos são assim. Não aprendem. Hão-de bater com a cabeça na parede uma dúzia de vezes e só depois de obrigados por alguém, poderão actuar com alguma racionalidade.

O primeiro-ministro disse as generalidades do costume e que todos sabemos: lavar as mãos, manter a distância e por aí adiante...

Vejamos apenas dois pontos: os transportes públicos e as escolas.

O que disse o dr. Costa sobre os transportes públicos? Nada! E o que disse sobre as escolas? Nada!

Sobre os transportes públicos nada se ouviu sobre o número de passageiros, por exemplo.

E sobre as escolas nada disse sobre como estas irão reabrir. Reabrirão como em Setembro? Se assim for não tardaremos a recuar. Disse alguma coisa sobre o número de alunos por turma? Não. Disse alguma coisa sobre a questão de implantar a disciplina em relação aos alunos? Não. Disse alguma coisa em relação ao número de funcionários? Não. Disse alguma coisa em relação aos horários lectivos de professores e funcionários? Não. Quanto à testagem iremos assistir à aldrabice e tolice do costume.

As escolas, temos a certeza, vão abrir nas mesmas condições que abriram em Setembro: Tudo ao molho e fé em Deus!

E a prova é que reabrem já na Segunda-feira, sem nenhum plano ter chegado aos Agrupamentos e às organizações sindicais.

Não há emenda!

Tudo isto porque quem dirige as operações é a pupila da senhora reitora, que nada entende do assunto – só entende de ideologia.

Aliás, até o dr. Costa já insiste na patranha das aprendizagens! As aprendizagens, sustentam-se em duas questões fundamentais: disciplina e esforço (trabalho). Seja em aulas online, seja em aulas presenciais!

Quanto às desigualdades têm sido sustentadas em critérios errados. O único critério sensato e racional para as eliminar (se é que é possível eliminá-las) é o rendimento. Do qual nunca falam. Porque lhes interessa manter a conversa fiada do costume que atira cidadãos contra cidadãos através da inveja – que é criada por esta elite provinciana.

Claro que as seitas do costume estão na linha da frente do aplauso. Não pelo empenho e na melhoria da coisa, mas por pura conveniência pessoal.




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