SINOPSE Wook
Lírico e meticuloso, O Som da
Montanha é uma sublime descrição das agruras da velhice - o estreitamento
gradual e relutante de uma vida humana, a par dos súbitos afloramentos de
paixão que iluminam o seu desenlace.
De dia, Ogata Shingo, idoso homem de
negócios de Tóquio, é atormentado por pequenos lapsos de memória. De noite,
associa o rumor distante que lhe chega da montanha vizinha aos sons da morte.
Pelo meio, as complexas relações que em tempos alicerçaram a sua vida: uma
esposa difícil, um filho mulherengo e uma nora que nele inspira compaixão e
frémitos de desejo.
Com esta transluzente teia de fios
condutores, Kawabata urdiu um romance que é uma meditação, poderosa e
serenamente observada, sobre a inexorável passagem do tempo.
Yasunari Kawabata, Prémio Nobel de 1968,
é considerado um dos representantes máximos da literatura japonesa do século
XX. Nascido em Osaka em 1899, e órfão ainda criança, interessou-se por
livros, principalmente os clássicos japoneses, desde a adolescência.
Acompanhado de jovens escritores, defenderia mais tarde os ideais da corrente neossensorialista (shinkankakuha), que visava uma revolução nas letras japonesas e uma nova estética literária lírica, impressionista, atravessada por imagens nada convencionais. Ao contrastar o ritmo harmônico da natureza e o turbilhão da avalanche sensorial, Kawabata forjou insólitas associações e metáforas táteis, visuais e auditivas que surpreendem por revelar os processos de fragilização do ser humano diante do cotidiano, numa composição surrealista de elementos da cultura e filosofia orientais, personagens acuados e cenários inóspitos.
Sua obsessão pelo mundo feminino, pela sexualidade humana e pelo tema da morte (presente em sua vida desde cedo, sob a forma da perda sucessiva de todos seus familiares) renderam-lhe antológicas descrições de encontros sensuais, com toques de fantasia, rememoração, inefabilidade do desejo e tragédia pessoal. Desgastado por excesso de compromissos, doente e deprimido, Kawabata suicidou-se em 1972.
Acompanhado de jovens escritores, defenderia mais tarde os ideais da corrente neossensorialista (shinkankakuha), que visava uma revolução nas letras japonesas e uma nova estética literária lírica, impressionista, atravessada por imagens nada convencionais. Ao contrastar o ritmo harmônico da natureza e o turbilhão da avalanche sensorial, Kawabata forjou insólitas associações e metáforas táteis, visuais e auditivas que surpreendem por revelar os processos de fragilização do ser humano diante do cotidiano, numa composição surrealista de elementos da cultura e filosofia orientais, personagens acuados e cenários inóspitos.
Sua obsessão pelo mundo feminino, pela sexualidade humana e pelo tema da morte (presente em sua vida desde cedo, sob a forma da perda sucessiva de todos seus familiares) renderam-lhe antológicas descrições de encontros sensuais, com toques de fantasia, rememoração, inefabilidade do desejo e tragédia pessoal. Desgastado por excesso de compromissos, doente e deprimido, Kawabata suicidou-se em 1972.
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