Qual é a diferença entre a pandemia actual e todas as
outras que existiram ao longo da História?
Qual é a diferença, por exemplo, entre esta pandemia
da COVD 19 e a Peste Bubónica, a Peste Antonina (168-180 d. C.), a Peste de
Atenas (430-427 a. C.), a Praga de Justiniano (541-542 d. C), a Peste Negra
(1347-1351), a epidemia de varíola dos americanos nativos (século XVI), a
Grande Peste de Londres (1645-1666), a grande Peste de Marselha (1720-1722), a
Peste de Moscovo (1771), a epidemia da Gripe Espanhola (1918-1920), o tifo ou o
ébola dos dias de hoje?
Nenhuma! Em termos de prevenção as dúvidas mantêm-se,
e em termos de defesas são exactamente as mesmas. Se na Peste Antonina se
aconselhavam as máscaras, o mesmo sucede hoje passados 2000 anos! A diferença
entre as pandemias da Antiguidade e as da modernidade é que estas podem ser
combatidas com maior facilidade devido ao avanço tecnológico, mas mesmo assim,
com sucesso se a vacina for rapidamente inventada. De resto é tudo igual.
Então porque razão a senhora Andrea Ammon, directora
do Centro Europeu de Controlo de Prevenção de doenças veio hoje dizer à
populaça que o encerramento das escolas deve ser o último recurso, quando o
número dos infectados atinge hoje os níveis de Março?
A senhora Andrea lá saberá porque o diz. Nós dizemos exactamente
o contrário. Conhecendo os factos históricos, o encerramento das escolas, se
tiver que acontecer, deve ser o primeiro recurso. E deve sê-lo para evitar uma
tragédia descomunal. E dizemo-lo porque se em 168 d.C. as escolas eram o que
eram, e o ensino era o que era, em 2020 existem soluções técnicas que permitem
acompanhar os alunos ao segundo!
Interessa recordar que os liceus da Polónia, por exemplo, estiveram encerrados durante todo o tempo de ocupação (II Guerra Mundial). Ryszard Kapuściński em Andanças com Heródoto, recorda-o: “Éramos filhos da guerra, e durante os anos de ocupação, os liceus estavam encerrados, funcionando só, por vezes, em cidades grandes, o ensino clandestino” (pp.11 e 12). E sobre este assunto, sabemos bem o que se passou em França, Inglaterra e por aí adiante.
Interessa recordar que os liceus da Polónia, por exemplo, estiveram encerrados durante todo o tempo de ocupação (II Guerra Mundial). Ryszard Kapuściński em Andanças com Heródoto, recorda-o: “Éramos filhos da guerra, e durante os anos de ocupação, os liceus estavam encerrados, funcionando só, por vezes, em cidades grandes, o ensino clandestino” (pp.11 e 12). E sobre este assunto, sabemos bem o que se passou em França, Inglaterra e por aí adiante.
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