domingo, 23 de agosto de 2020

Avante camaradas, para a festa...




Mário Adão Magalhães

jornalista - Felgueiras
https://bomdia.lu/

Este assunto - a festa do Avante!, até seria um assunto não prioritário para aqui perorar.
Jerónimo de Sousa até pode ter razão. (Eu preferia que alguns leitores entendessem que tem razão, outros que não tem, porque aliviavam-me a carga de assumir que sou ou não a favor).

- Pode ele ser ou não ser responsável por um evento que tem várias leituras ou interpretações. A discriminação positiva ou negativa. 
Um evento em massa que, pese alegar-se todas medidas de segurança e sociais, é potencial fonte de contágio.
Haveria classes que ousaram, outras não. Falo de manifestações de Abril, Maio, e Junho. E de manifestações cuja matriz pode e / ou deve ser mais responsável. A contribuir para a democracia (o que eu entendo por: igualdades e liberdades e garantias; direitos, e deveres e de responsabilidades). Evoco a Igreja católica. Mais outras. Estas outras terão sido irresponsáveis, onde a católica foi exemplar...

Mas Jerónimo tem exactamente isto: ser exemplar.


Jerónimo e os seus pares, no seu partido, que reclamam a si quase tudo o que é virtuoso, tem responsabilidades acrescidas de dar exemplo - até - aos outros partidos.
Ando aqui eu - este eu é como quem diz nós - milhares de portugueses - a submeter-me às mais diversas e amplas privações. A não ver, menos ainda conviver com familiares e amigos, a privar-me de tudo o que é Saúde ou falta dela, para estas arbitrariedades!
Confirmou-se uma razão minha: há tempo aventei que assim que a Comunicação Social (CS) em geral desviasse muitos dos focos do Covid -19, íamos ter conhecimento de outras realidades: sofrimentos, montes de privações, de tratamentos pontuais, ambulatórios, e até mortes. Outros tratamentos estavam a ser descurados, plasmei eu. E assim é. As estatísticas (sempre as estatísticas), o resultado diz-nos que houve padecimentos novos, além dos correntes se terem agravado porque pura e simplesmente só havia Covid - 19.
Aconteceu aquilo que eu, com toda a humildade digo, o que sinto. Tive razão. E eu não gosto. Não gosto de ter razão. Não é nenhum exercício de retórica, ironia, o que quer que seja: nunca eu, na minha vida - logo em tudo e sempre da minha vida, gostei de ter razão porque a coisa estraga-se. E é assim. Assim foi. Assim está a ser, assim vai continuar a ser.
Todo o português, de um ou de outro modo, padeceu ou deu de si em prole da Pátria, dos concidadãos, e não tem sido ressarcido com igual procedimento de muitas outras entidades. 

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