quinta-feira, 7 de maio de 2020

O absurdo escolar mantém-se…

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Anteontem o Ministério da Educação, sorrateiramente, sem alarde, enviou orientações às escolas para a sua reabertura a 18 do corrente para os alunos dos 11º e 12º anos, como é, aliás, seu dever já que insiste neste absurdo!
As Associações dos directores quase lhe cantaram loas. Porque será?
Nuno Crato em entrevista na revista Sábado a 8 de abril foi certeiro. Nós, neste espaço demos sugestões.
A Frenprof, veio ontem, e bem, denunciar o absurdo.
Bom. Ao governo assiste-lhe governar. Mas deve fazê-lo com a racionalidade que os cidadãos lhe exigem.
A questão destes alunos sujeitos a exame resolvia-se com a racionalidade que o momento exige. E para nos não repetirmos, apenas se diz que os professores, dentro das circunstâncias, transmitiriam os conhecimentos via oneline, como até aqui o fizeram, e fazem. E se o governo insiste nos exames (com os quais discordamos na forma que os querem realizar), estes seriam realizados sem grande dificuldade. E aí com a presença dos docentes, sem resistência.
Com o que o governo devia estar especificamente (se tem emendado a mão em relação às aulas presenciais, no presente ano lectivo) preocupado era com o início do próximo ano lectivo. É que, quer queiram, quer não queiram, a pandemia revelou todas as fragilidades do sistema. Entre elas o trabalho escravo que os professores realizavam, sobretudo em dias de reuniões, com cerca de 12 horas de presença no local de trabalho! Ou a enormidade de alunos por turma! Há cerca de 20 anos, certas turmas de certas disciplinas, porque exigem um ensinamento próximo, eram divididas em blocos. Ou seja, 30 alunos eram divididos em 2 grupos de 15, como mandava a sensatez e a inteligência. 20 anos depois, os professores, com obrigação escrava tinham que dar aulas a esses mesmos alunos de uma vez só.
Mas com isto não está interessado o governo do dr. Costa. Como não está interessado com os professores com mais de 60 anos – que deviam ser reformados ou, pelo menos, fazer como na tropa: reserva durante cinco anos, com horários específicos!
Por acaso já definiram o calendário escolar para estes alunos, os sujeitos a exame?

NOTA:

Em Malta, Itália e França não foram em futebois: as aulas presenciais só abrem no próximo ano lectivo...

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