Mário Adão Magalhães |
De viés já me tenho referido ao novoo Coronavírus, agora ainda mais novo: Covid –
19.
Quando a sociedade tem assim uns picos
que redundam em fecundidade noutros confrades, eu mais ínvio foco-me noutros
assuntos. Digamos que é para não sobrecarregar o leitor e simulâneamente
disponibilizar-lhe alternativas.
Mas o Covid – 19 está a bulir com o
mundo. Com o mundo literalmente. Não poderei ignorá-lo pois impõe sérias
reflexões. Desde logo porque nesta pandemia se começa a “escrever” um dos mais
trágicos acontecimentos não apenas de Portugal, da Venezuela ou de que latitude
seja, no mundo.
É de quase todos. De tal modo que se
Portugal precisasse de ajuda – e precisamos ajudas externas, não nos podem
ajudar porque também padecem da mesma sorte.
Nunca vivemos tamanha pandemia com
tamanha dimensão. As gerações imediatas e imediatamente futuras vão contar esta
história, tal como nós contamos outros acontecimentos igualmente nefandos.
Quase nunca pensei por completo que
fossemos viver estes acontecimentos.
Houve muitos anos que eu dizia que por
culpa do Homem, o mundo haveria de se fazer pagar pelas tropelias que lhe
infligimos permanentemente. Que dentro de poucas décadas, dizia eu. Mais
recentemente já eu dizia que dentre unidades, iríamos sofrer consequências
aborrecidas. Mas já, já não.
Há muita informação – muitos palpites,
muitos estudos, muitos planos. As redes sociais estão à beça com potenciais
jornalistas e comunicadores. Enquanto esperamos infrutíferamente o remédio letal
– não pensava que fosse assim tão rapidamente. Vê-se que o nojento bicharoco é
mau porque todo o mundo, simultaneamente, busca infrutíferamente a letalidade e
ele teima.
Tudo enquanto se vão sucedendo milhares
de mortes pelo mundo, sucedendo a cada morte – impotentes. Exauridas as
criaturas mais as diversas estruturas de Saúde, mas bravos.
A minha preocupação, o que temo já não é
tanto por mim – mas para evitar contaminar os outros. – Vincadamente cumpro o
protocolo porque me preocupa o futuro dos bebés, das criancinhas – aqui invoco
a Ana Frederica, com os seus 28 mesinhos, meramente como exemplo, porque temo
pelo futuro dela, que espero imenso dela, assim como das outras criaturas,
preocupa-me a malta jovem – aqueles que estão a vivenciar, e aqueles que nos
séculos sem fim acessam a história do mundo.
– Assim, olhando num relance, vemos tudo
o que faz a história e o que vai ficar nos anais da memória. Um futuro sem
estabilidade, a economia… Supondo que num instante chegamos ao antídoto para
arrumar com o vírus. Jamais o mundo será o mesmo mundo.
Muito me preocupam as criancinhas de
hoje que nem às aulas assistem. Preocupa-me o futebol em Banho-Maria.
Simplesmente ópio do povo mas enquanto interesse de massas. Esta falta deste
desporto que ambiente carreará em casa de cada um! Isto é trágico. Num tempo em
que se nos pede para estarmos em casa, mas sem opções para ocupar o tempo e não
cabe este desporto de massas que aqui não venho qualificar ou desqualificar. Eu
venho dizer um entretenimento fundamental e que a muitos colhe.
Num tempo em que já se nos pedia para
não usarmos copos de plásticos nem lenços de papel…
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