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O conteúdo do livro
descreve uma história quase inacreditável, protagonizada por um grupo de poetas
e intelectuais, do gueto de Vilna, que arriscaram a própria vida para
resgatarem milhares de livros e manuscritos apreendidos por nazis e soviéticos.
Um relato heroico à escala humana; de amizade e amor pelos livros.
Fishman fundamenta toda
esta narrativa, onde descreve as atividades ousadas deste grupo, a quem a
própria comunidade apelidou de “Brigada do papel”, em documentos judaicos,
alemães e soviéticos, incluindo diários, cartas, memórias e entrevistas com
vários participantes da história.
A cultura judaica é a
cultura do livro, como é bem lembrado por Amos Oz em “Judeus e as palavras”.
Para eliminar esse conceito, o regime nazi mandou fazer a partir de rolos da
Tora, palmilhas para botas, como é documentado em fotografia.
Mas o que se conclui
disto? O que os elementos sobreviventes da “brigada do papel" concluiu. Quando
desenterraram os tesouros escondidos em esconderijos (depois da Guerra),
constataram que as autoridades soviéticas que assumiram o controlo de Vilna
eram tão hostis à cultura judaica como os nazis. “Tiveram então de resgatar de
novo os tesouros e tirá-los da União Soviética” (p.12).
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