quinta-feira, 5 de março de 2020

2ª edição (Março de 2018) da antologia Os Cem Melhores Poemas dos Últimos 100 anos

Acaba de sair a público a 2ª edição (Março de 2018) da antologia Os Cem Melhores Poemas dos Últimos 100 anos, editada pela Companhia das Letras.
A selecção foi organizada por José Mário Silva, onde reúne um século de poesia singular.
Uma escolha destas é sempre ingrata e difícil, mas resultou num livro de referência.
Não há lista nenhuma, seja de que natureza for, sobretudo quando a escolha é pessoal, que não injustice sempre este ou aquele, mas, por sua vez, justifica a presença de outros com justiça e transparência.
Os Cem Melhores Poemas Portugueses dos Últimos Cem Anos) estão divididos por Retratos, Relatos, Desacatos e Hiatos, e rematados com um índice remissivo. A abrir, estão Camilo Pessanha, Sophia e Ruy Belo, 
a fechar lemos Miguel Cardoso e Vasco Gato, passando por O’Neill, os heterónimos de Fernando Pessoa, ou novíssimos consensuais como Golgona Anghel, Matilde Campilho ou Miguel-Manso. Mas todas as gerações, correntes e ideologias poéticas estão representadas – prova do gosto eclético do organizador” (Visão).
Por mais que não fosse, esta lista confirma a qualidade de poemas de autores transmontanos: Miguel Torga (poema “Orfeu rebelde”, de Antologia poética), A. M. Pires Cabral (poema “Gaveta do fundo”, de Gaveta do fundo), Eduardo Guerra Carneiro (poema “Afinal acabo sempre por falar de ti”, de Contra a corrente), José Carlos Barros (poema “As páginas dos romances”, de O uso dos venenos), Vítor Nogueira (poema “Alfama”, de Bagagem de mão) e Rui Pires Cabral (poema “O terceiro”, de Morada).


José Mário da Silva nasceu a 2 de Março de 1972, em Paris. Licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, trocou os laboratórios pelas redacções dos jornais ainda antes de terminar o curso. Jornalista desde 1993, trabalhou 14 anos no Diário de Notícias, onde foi editor adjunto do suplemento «DNA» e da secção de Artes.
Pelo meio, fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos na RTP2 («Portugalmente» e «Juízo Final»). Traduziu algumas obras do francês e é autor do livro de poemas Nuvens & Labirintos (2001), obra vencedora do Prémio Literário Cidade de Almada.
Actualmente, é crítico literário do Expresso e colaborador permanente da revista Ler. Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de Babel. Vive em Lisboa, no topo de uma das sete colinas. 

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