Qassem
Soleimani (que comandava a força de elite iraniana Al-Quds há quase 20 anos),
um dos homens mais poderosos do Irão, idolatrado por uma parte dos iranianos e
respeitado pelos restantes, foi morto pelos EUA, esta madrugada, no aeroporto
de Bagdade, no Iraque, num ataque ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump. O Pentágono justificou a decisão com a necessidade de “proteger
funcionários e militares norte-americanos na região”, na sequência do assalto a
instalações dos EUA em Bagdade, no Iraque, ainda para mais “quando se sabia que
Soleimani tinha vários planos para atacar diplomatas americanos”. Além de
Soleimani, o ataque vitimou pelo menos outras sete pessoas, entre as quais Abu
Mehdi al-Muhandis, responsável no Iraque pela coligação de grupos paramilitares
pró-iranianos (a Hachd al-Chaabi).
O Irão já prometeu
“vingança” pelo ataque aéreo que matou o general Qassem Soleimani. O Hezbollah,
aliado do Irão, prometeu o mesmo: uma “punição justa aos assassinos
criminosos”, lê-se nas várias noticias que têm vindo a lume.
Durante os 20 anos em que comandou a unidade especial da Guarda Revolucionária Iraniana, o general Qasem Soleimani “assassinou rivais, armou aliados e, durante mais de uma década, dirigiu uma rede de grupos militantes que matou milhares de americanos no Iraque”, escreveu a “New Yorker” num perfil do general publicado em 2013.
Em ocasiões
muito específicas esteve do mesmo lado que os americanos, como na luta contra o
Daesh. Mas Soleimani, foi fundamental na disseminação da influência iraniana no
Médio Oriente, que os EUA e os inimigos regionais do Irão — a Arábia Saudita e
Israel — tentam combater: o caso da Síria e o apoio que deu ao Presidente
Bashar al-Assad são exemplares nesse sentido.
É óbvio que haverá retaliações: Ataques a forças norte-americanas na região e ataques a
civis, que estão em risco e, no passado recente, foram raptados por aliados do
Irão ou agentes mandatados pelo regime iraniano.
Em alerta
máximo, as forças americanas sabem que serão alvo de ataques no Iraque, Síria
e, provavelmente, no Afeganistão
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