Entrevistar Adriano
Moreira é um exercício complexo. Vamos com uma ideia para uma pergunta, saímos
dela com três. E ele, político, historiador, analista do mundo, curioso, no
fundo, leva sobre nós a vantagem dos seus 97 anos de observação. Por isso,
nunca começa pelo óbvio, nunca conta as histórias de que estamos à espera ou
que já lhe lemos e ouvimos - ainda escreve, todos os domingos, no DN. Antes,
vai dar a volta à sua longa análise sobre todas as coisas, para ir buscar
aquilo de que precisa para responder. Também por isso não tem muita paciência
para discutir política nacional, e recusa-se a comentar questões concretas -
foi o que aconteceu quando lhe pedimos para debater o que se passa no seu
partido, o CDS. Esta foi uma entrevista feita em duas partes, seguidas, na
Academia das Ciências, aonde ainda vai todos os dias e trabalha nos projetos
estratégicos. Parámos, não porque estivesse cansado, mas porque não
conseguíamos meter mais ideias no tempo que havia em antena. A segunda parte
será publicada amanhã, na TSF e no DN online.
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