O Doutor Centeno deu
ontem uma entrevista ao canal televisivo do Estado. Do que disse e do que não
disse, nada disse. Sobretudo sobre a questão dos professores. E é essa questão
que mais nos interessa em termos de Nação. E não dizemos isto porque as outras
questões sejam menos importantes. Pelo contrário, são tão importantes como
esta. Mas a questão dos professores é soberanamente palpável em termos
estruturais. Porquê? Porque é uma questão que vai para além do material. Neste
Portugalinho corrupto tem sido, sobretudo, uma questão ideológica para a gente
de esquerda. E foi nessa questão que assentou todo o projecto
político socrático, delineado por aquela senhora com apelido Rodrigues!
O Doutor Centeno
acabou de o dizer nesta entrevista. Embora, para os parvos, tenha justificado a
coisa com aspectos económicos, a coisa é verdadeiramente ideológica. Para isso
é preciso tomar nota dos pormenores e ligá-los à mensagem do Presidente da
República, onde defende a igualdade! Que igualdade?
É que o próprio presidente
Marcelo não define o termo. Aborda-o como uma generalidade. Mas uma
generalidade medíocre! A igualdade que todos deviam defender seria a igualdade de oportunidades, aquela que o Partido Social Democrata sempre defendeu.
Mas essa igualdade é cara. Para se defender a sério têm que se criar leis
sérias contra a corrupção, contra as clientelas e por aí adiante. É que o dinheiro
da roubalheira daria para essa verdadeira igualdade.
Os professores que não
tenham ilusões. A roubalheira do tempo de serviço, a corrupção na interpretação
das “leis” armadilhadas, o vazio e a mediocridade dos cargos de chefia
(entregues a clientes), e por aí fora, vão continuar.
Lembrem-se disto no
dia seis de Outubro!
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