JORGE LAGE |
Foi publicado, em Lisboa, uma obra póstuma do escritor
flamulense, Nuno Nozelos (nasceu na Fradizela e de tenra idade passou a viver
na Torre Dona Chama e faleceu a 18 de Julho de 2017). É um ensaio sobre a
condição do homem trabalhador e intitulada «O Homem – Um ser operante» e que
nos dá a sua perspectiva perante o trabalho. A dado momento diz-nos: «Como ser
dotado de inteligência, o homem vem tirando, ao longo dos tempos, o partido
máximo do seu labor.». O interessante e substancial prefácio é do escritor
brigantino Flávio Vara, a quem a «Antologia de Autores Trasmontanos, Durienses
e da Beira Trasmontana» apelida de «primoroso, mordaz, perspicaz e erudito,» e
que termina, apelando «Lembremo-lo e celebremo-lo pelos sus livros de contos,
pelos seus poemas, a que podemos acrescentar agora este belo ensaio sobre o
trabalho, que, graças a Celeste Nozelos, saiu debaixo do alqueire.»
Aliás,
aquando o Grémio Literário Vila-realense o homenageou em singela e sentida
cerimónia, pela mão do grande escritor, A. M. Pires Cabral, editando «in
Memoria de Nuno Nozelos», este mostrou-se disponível para repetir a homenagem
em Mirandela ou na Torre Dona Chama, ou nos dois locais. É uma pena que se
perca a oportunidade de homenagear a memória deste nosso escritor, a quem outro
grande de Murça, Fernão Magalhães Gonçalves, chamou de maior contista
trasmontano, pós-torguiano. Parabéns a Celeste Nozelos que nos soube dar uma
grande lição de vida, pela forma carinhosa e dedicada ao Nuno, principalmente
nos últimos anos em que a doença impiedosa o minou. (na 1.ª foto Nuno Nozelos e na 2.ª a viúva,
Dona Celeste Nozelos, conversando com o autor destas linhas, na homenagem no
Grémio Literário Vila-realense, em 16-03-2018)
Sem comentários:
Enviar um comentário