ROSA PEDROSO
LIMA - Expresso
Uma marcha
lenta e buzinão na ponte 25 de Abril e no IC 19, que permite o acesso dos
automóveis vindos da linha de Sintra para Lisboa. No Marquês de Pombal, nas
portagens de Alverca da Autoestrada do Norte e nas da A8 que recolhe o trânsito
da zona do Oeste que vem para a capital ou na entrada da Ponte Vasco da Gama no
sentido Sul/Norte. A partir das sete da manhã da próxima sexta feira, todas
estas vias de acesso a Lisboa vão ser alvo de ações do "Movimento Coletes
Amarelos de Portugal".
Ninguém sabe ao
certo o impacto que estas ações de protesto podem vir a ter e, neste momento, o
Ministério da Administração Interna não tem qualquer comentário a fazer. Já o
porta-voz da PSP, admitiu que vai ser decretada prevenção para o dia 21 de
Dezembro, uma vez que estão em causa "manifestações de grande dimensão em
todo o país". Neste quadro, "mandam as regras do bom senso ter
pessoal operacional", disse à Lusa o porta-voz da Direcção Nacional da
PSP, intendente Alexandre Coimbra, adiantando que a preocupação neste momento
se prende com a dimensão do evento e não com qualquer informação de possíveis
confrontos.
O certo é que,
através das redes sociais, as iniciativas multiplicam-se, ao mesmo ritmo das
adesões aos grupos que tanto se podem chamar "Movimento dos Coletes
Amarelos de Portugal" (Mcap), ou "Vamos parar Portugal".
O Expresso
entrou em contato via redes sociais com um dos elementos que diz pertencer ao
Mcap. "Pretendemos que as reivindicações da população portuguesa sejam
ouvidas", resume como objetivo do protesto, admitindo que a organização é
ainda muito incipiente e não tem qualquer porta-voz. Na próxima semana, admite
ser divulgado um manifesto que servirá como uma espécie de "carta de
apresentação". O Movimento diz-se "totalmente apartidário e
pacífico" e tenta interligar as ações propostas um pouco por todo o país
por "organizações que são sempre células independentes".
O movimento tem
várias faces e perfis no Facebook, mas tanto quanto é possível perceber terá
começado em novembro através de um grupo de camionistas, que lançou a ideia de
um protesto nacional nas redes sociais.
A ideia terá
ganho força própria e, paralelamente ao Mcap, surgiu também o "Vamos parar
Portugal". Os dois movimentos começariam a 'agir' em conjunto nas redes
sociais até que, na semana passada e depois de terem sido noticiadas as
ligações do "Vamos Parar Portugal" a grupos da extrema-direita,
"cortaram relações", diz a fonte contactada pelo Expresso.
Até ao momento,
a agenda dos protestos começa às sete da manhã em vários pontos do país. Às 17
e 30 haverá uma concentração em frente do Palácio de Belém, naquele que parece
ser o único protesto diante um orgão de soberania.
A lista inclui
os seguintes pontos de protesto:
Porto: às 7 horas,
na VCI, saída para as Antas às 19 horas, na
avenida dos Aliados
Braga: às 9
horas na rua Andrade Corvo
Vila Real: às 7
horas, no túnel do Marão
Coimbra: às 7 horas
na Rotunda da Casa do Sal
Faro: às 7
horas na Rotunda Forum Algarve
Aveiro: às 7 e
45 horas no Pingo Doce Aveiro Hipermercado
Ovar: entre as
7 horas e as 15 horas, sem local marcado
Vila Nova de
Famalicão: entre as 7 horas e as 23 e 59, sem local marcado
Beja: frente à
camara municipal, sem hora marcada
Viseu: às 7
horas, no Rossio e no Reigoso às 8 horas
frente à Câmara Municipal
Leiria: às 7
horas junto ao estádio Dr Magalhães Pessoa
Santarém: às 7
horas na Rotunda do E. Leclerc
Guarda: às 7
horas na Rotunda do G
Sem comentários:
Enviar um comentário