terça-feira, 23 de outubro de 2018

O tempo gasta, mas é um grande mestre!


Por: Costa Pereira Portugal, minha terra

Há já uns tempos que não vinha com vagar à capital do barro leiriense, a última vez foi de fugida para participar no funeral do “Zezito Rato”, no dia 13 Setembro. Nem mesmo a tempestade Leslie lá me levou a ver os rastos bem visíveis que deixou e eu já não vi por inteiro.

Vim hoje, dia 19 de Outubro, para com mais à vontade ver o que não foi ainda amanhado, nem restaurado, visto que foi grande a desbastação que fez a tempestade por onde quer que passou. Fui dos que tive muita sorte por me ter poupado o telhado da casa e demais bens ao luar que tenho no quintal, como arvores e plantas de jardim. Tirante o diospireiro que foi esgalhado a meio pelo vento, e uma pequena macieira ainda mal segura ao terreno, nada mais digno de registo se deu em meu desfavor.
Sorte bem pior se deu aqui à volta, onde além do relógio da igreja, também por todo o espaço voaram telhados e arvores tombaram cortando as estradas e caminhos. Uma ronda pela pelo centro da Bajouca permitiu-me ver parte dos resíduos deixados pela tempestade e que ainda não foram eliminados. Agradeço a quem me fez companhia e serviu de cicerone. Não digo quem foi, mas pela aragem se vê quem vai na carruagem, neste caso no carro. 
 Mal entrei na Marinha do Engenho vi bem patente os efeitos que no pinhal deixou marca a tempestade nesse dia, com toros de pinheiro à beira da estrada que foram serrados para desobstruir a via. Não me dá gosto ver e dar noticias deste género, mas faz parte do trabalho daqueles que se dão ao encargo de fazer circular a informação colhida in loco. Sinto-me por isso abalizado para o fazer, mesmo que sem para isso seja requisitado nem pago para o por em prática. Também aqui a voluntariosidade que sempre foi meu lema surge como meu guião. Pena uma vez mais não vir com tempo disponível para percorrer as zonas mais afectadas por aqui à volta, como Pombal, Figueira da Foz, Soure, Marinha Grande; ou mesmo localidades vizinhas como a praia da Vieira, do Pedrogão, ou a freguesia do Carriço e a União das Freguesias da Ilha, Mata Mourisca e Guia.  Fiquei com pena, mas o tempo não dá para mais. Mas vi o suficiente e outros já viram e divulgaram muito mais de que isto e melhor do que eu. Mas uma coisa acrescento, do que colhi posso adiantar: o tempo gasta, mas é um grande mestre !

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