por JORGE LAGE |
«Assalto» do Banco Montepio? – Não foi o Montepio que foi assaltado, fui
eu pelo Montepio. A história conta-se em poucas palavras. Tinha um depósito
bancário à ordem há vários meses e decidi dar-lhe alguma rendibilidade. Fui ao
Montepio e pedi (comprei) um cheque avulso e qual não foi o meu espanto, em
tempo posterior, olhei para o seu custo: 5,77 €, sendo 5,50 € (comissão) e 0,27
cêntimos (impostos). Depois, tentei pensar no caso a frio e achei que 5,77€
(cinco euros e setenta sete cêntimos) eram exagerados. Há várias formas de
assaltos e a maioria dos assaltos são legais. A casa de um familiar meu foi
assaltada há uns dois anos e em vez de se calarem apresentaram queixa às
autoridades. Tiveram que pagar mais uns 600 €, o que me cheira a um segundo assalto.
Assim, até é compreensivo o «assalto» do Montepio.
Fogo-de-artifício e Incêndios Florestais – A questão da limpeza das
matas e caminhos próximos das populações, para se prevenirem os Incêndios
florestais nasceu mal, com um Primeiro-ministro arrogante e ignorante (nesta
matéria) a mandar cortar, até 31 de Março, todo o vegetal que bulisse junto aos
caminhos e casas. 31 de Março? Afinal a erva e arbustos quando crescem mais é
nos meses de Abril e Maio. Resultado, as zonas limpas em Março ficaram piores
no início do Verão. A Ignorância (e arrogância) levou a que num primeiro
momento se abatessem até as fruteiras nos quintais e todas as árvores folhosas
que são uma barreira à propagação do fogo. E, pasme-se, algumas árvores
classificadas de interesse público também foram abatidas. Este trabalho,
concelho a concelho devia ser da responsabilidade dos municípios. São eles que
conhecem a realidade local. Também no que diz respeito a riscos de incêndios
estamos conversados com gente do «posso quero e mando» que proibiu o
fogo-de-artifício no dia da festa de Mirandela. Então, que se tomem medidas,
muito bem, mas, cada caso é um caso. É preciso ouvir quem está no terreno e
sabe. O fogo-de-artifício em vez de ser laçado à meia-noite se atrasasse para
as duas horas da madrugada em que a temperatura rondou os 25 graus. Depois, o
fogo ia ser lançado sobre o espelho de água e, ao que sei, esta não arde. Adiar
o fogo por uma semana parece uma anedota. Isto na capital não acontecia. Acho
que os mirandelenses mereciam mais respeito e não podemos estar à mercê de
ditadores, que desconhecem a realidade local. Não me parece bem que o município
tenha acatado a ordem sem vivos protestos e repúdio. Cortam-nos escolas,
hospitais, para onde vamos com gente centralizadora?
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