Por: Costa Pereira Portugal, minha terra
A cidade de Leiria é sede
de concelho e de distrito do mesmo nome e da diocese de Leiria/Fátima. Fica
situada na província da Beira Litoral, e como município confronta com Pombal,
Ourem, Batalha, Porto de Mós, Alcobaça, Marinha Grande e Oceano Atlântico. O
seu dia municipal é a 22 do mês de Maria, e assinala a criação da diocese, em
1545. Os seus habitantes são designados por leirienses ou coliponenses. Teve
foral de D. Afonso Henriques em 1142. No seu espaço concelhio fica a praia do
Pedrogão e a lagoa da Ervedeira, ambas na freguesia do Coimbrão.
Partilha com vizinhos do
famoso Pinhal de Leiria ou do Rei, agora ainda mais tragicamente famoso pelo
incêndio florestal de 2017. De forma a reviver o dia da municipalidade tem
vindo realizar-se anualmente a Feira de Maio, à qual costumo fazer sempre uma
visita, foi o que fiz ontem, véspera do dia feriado.
Organização exemplar leva
os expositores e clientes a manter vivo o interesse por se deslocar ali,
sobretudo os apreciadores da boa gastronomia. A tasquinha da Bajouca é um
exemplo e lá fui eu jantar e reconfirmar que não é só na loiça que os
bajouquenses são artistas. Depois o prazer que tenho de visitar a “rainha do
Liz” em cujo santuário de Nossa Senhora da Encarnação me casei com uma filha da
capital do barro leiriense, a Bajouca. E que tem um co - provinciano meu por
seu bispo, D. António Marto, agora feito Cardeal pelo Papa Francisco.
Segundo Estrabão
(historiador greco-romano), “ os Lusitanos foram o povo que durante mais tempo
resistiu a Roma”: 200 anos, foi quanto durou a resistência, tendo os lusitanos
e os galegos, segundo o escritor romano Silius Itálicus (século I a.C),
constituído o grosso das tropas cartaginesas que participaram na 2ª Guerra
Púnica (de Cartago contra Roma, 218-211 a.C) sob o comando de Aníbal.
Colipo era uma cidade
desse tempo, que os romanos tinham por referência e não faltam pesquisadores
que tentam localizar e confirmar vestígios até onde chegaram os seus tentáculos
de domínio e implantação. A quinta de São Sebastião do Freixo, a 8km. a sul de Leiria, no actual lugar de Andreus,
povoação do Casal do Alho, onde começa a freguesia da Batalha é um sítios
apontados. O local onde outrora existiu uma cidade designada por Colipo, fica no
cimo de uma colina, “entre buracos de escavações semi-abandonadas, junto a um
marco geodésico, a 243 m de altura”. Vem daqui a designação de coliponenses
dado aos naturais de Leiria.
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