sábado, 24 de fevereiro de 2018

Câmara de Montalegre demitiu funcionário que desviou 61 mil euros




Por BARROSO da FONTE

Na reunião do executivo da Câmara de Montalegre e após dois processos disciplinares a um técnico superior que fora presidente da Comissão Política do PS,  foi demitido. A fraude foi consubstanciada com base num processo maquiavélico. Numa primeira fase o funcionário ainda foi suspenso por 90 dias. Mas o escândalo numa câmara e num meio pequenos, alastrou e, numa segunda votação, foi mesmo despedido. Mais este desvio e, por unanimidade, terá gerado mau ambiente entre os sete vereadores, cinco do PS e 2 da oposição que se viram compelidos a abandonar a reunião por linguagem imprópria do lugar, do cargo e de quem, usa e abusa, de gestos e palavrões como: «tinhosos, delatores, cobardes, vocês não prestam..»
Na sequência dessa exaltação provocada pelo presidente da Câmara que já no mandato anterior tinha provocado idêntico abandono, os dois representes da oposição distribuíram um comunicado através da redes sociais, acusando o chefe do executivo.«Parece que Orlando Alves ficou ressabiado com a decisão tomada, em relação ao amigo e companheiro de partido», lê-se nesse comunicado que acrescenta: «em 2014, também a vereadora da oposição, Elisa Minhava, tivera de sair da sala por palavrões do mesmo presidente».
É pena que, ainda sem conhecer, os resultados do «inquérito que o Ministério Público decidiu abrir, sobre o inédito imbróglio que ocorreu na véspera e no dia das últimas eleições autárquicas, não haja a prudência, a serenidade e a tolerância que se impunham para bem de Barroso e dos Barrosões. Para ser Barrosão no verdadeiro sentido cívico, não basta proclamar que «somos Barroso». Devemos pugnar, uns e outros, pela solidariedade, pelo altruísmo, pela verdade e pela transparência. Estas circunstâncias são consequências dogmáticas da democracia. A Câmara de Montalegre, pela volumetria dos seus ecos, vai tornar-se capital do banzé. Qualquer dia são os jornalistas ávidos de notícias bizarras que passam a ocupar os lugares do público durante as sessões do executivo. As sessões são públicas e os jornalistas encartados têm acesso livre.
 Orlando Alves ganhou as eleições mas não ganhou o direito de mandar calar aqueles que foram eleitos para lhe fazerem oposição. E, pior do que isso: nem ele nem ninguém pode impedir esses vereadores de exigirem transparência, lisura e fiscalização aos contratos e à execução das obras pagas pelo orçamento municipal. São eles que representam os cidadãos concelhios que votaram neles e ainda outros que não votaram, mas que se revêm na oposição. Esses dois vereadores foram tão eleitos para vigiar, como os outros cinco foram eleitos para gerir. Os direitos são proporcionais. É preciso que os sete camaristas, aprendam a interpretar as regras da democracia e aceitem conviver em sociedade.  

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