As vigilâncias ou visitações na diocese de Braga eram problemáticas. Por um lado, porque era extensa, por outro as vias de comunicação não eram as melhores. Ora era a esta diocese que pertencia a também extensa Província transmontana, constituída por inúmeras povoações. Daí as dificuldades de, com regularidade, ser visitada pelo próprio arcebispo. Para as colmatar, eram então as três comarcas transmontanas, sob a jurisdição de Braga, visitadas regularmente por três visitadores. Uma dessas visitações era mesmo controlada pelo Cabido. Eram ainda escolhidos dez eclesiásticos e seis Vigários Gerais, para directamente inspeccionarem as actividades dos párocos, tanto no aspecto espiritual como no aspecto temporal. Nestas visitações, sobressaíam as acções directamente relacionadas com os templos religiosos. Com a sua edificação, a sua restauração e manutenção, ou com a sua demolição.
Porém, estas
visitações, de tempos a tempos, eram realizadas pelo próprio bispo da Diocese. Neste caso, como estas igrejas pertenciam
ao Arcebispado de Braga, o próprio Arcebispo se deslocava, por vezes, pelo seu
extenso território.
Assim aconteceu entre 1746-1750
aquando da visita do Arcebispo de Braga, Dom José de Bragança, à região
transmontana. Traduzida num acontecimento político-religioso, a todos os
níveis.
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