QUE - OXALÁ QUE
Que os gatos de Albufeira, os da falésia, relapsos ao conforto
da lareira e à festinha da dona, com o habitual, re-nhau-nhau, bichaninho gato,
possam ter à sua mesa, uma “teca” de carapaus, crus ou fritos ou alimados, à
escolha do freguês, tamanho incluído e o acompanhamento que pedirem, oxalá que;
Que as árvores de Norte a Sul renasçam das cinzas e tenham,
para matar a sede, toda a chuva que merecem, no tempo certo e nós também, oxalá
que;
Que tu, minha amiga e meu amigo, tenham saúde e sorte, força,
sabedoria e beleza, uma caixinha de bombons, enrolados em “pratas” de muitas
cores, o conforto da família e aquele par de meias quentinho que tanta falta te
fazem ao serão, oxalá que;
Que o mundo seja melhor, a começar pelo que está à tua volta e
ao qual, tantas vezes, até podias botar a mão, vá confessa lá, oxalá que;
Que para o ano nos reencontremos aqui, a deitar contas à vida,
à volta deste madeiro, somar, subtrair, multiplicar, sem esquecermos a de
dividir, oxalá que!
Oixalàque, também se
ouve dizer, ainda com a mesma intenção, e tu podes dizê-lo assim, se preferires
ou te der jeito, oixalàque, e serás mais um dos meus!
21.12. 2017
©
Joaquim Lousa Nascimento
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