sábado, 23 de dezembro de 2017

QUE - OXALÁ QUE


QUE - OXALÁ QUE
Que os gatos de Albufeira, os da falésia, relapsos ao conforto da lareira e à festinha da dona, com o habitual, re-nhau-nhau, bichaninho gato, possam ter à sua mesa, uma “teca” de carapaus, crus ou fritos ou alimados, à escolha do freguês, tamanho incluído e o acompanhamento que pedirem, oxalá que;
Que as árvores de Norte a Sul renasçam das cinzas e tenham, para matar a sede, toda a chuva que merecem, no tempo certo e nós também, oxalá que;
Que tu, minha amiga e meu amigo, tenham saúde e sorte, força, sabedoria e beleza, uma caixinha de bombons, enrolados em “pratas” de muitas cores, o conforto da família e aquele par de meias quentinho que tanta falta te fazem ao serão, oxalá que;
Que o mundo seja melhor, a começar pelo que está à tua volta e ao qual, tantas vezes, até podias botar a mão, vá confessa lá, oxalá que;
Que para o ano nos reencontremos aqui, a deitar contas à vida, à volta deste madeiro, somar, subtrair, multiplicar, sem esquecermos a de dividir, oxalá que!
Oixalàque, também se ouve dizer, ainda com a mesma intenção, e tu podes dizê-lo assim, se preferires ou te der jeito, oixalàque, e serás mais um dos meus!
21.12. 2017

© Joaquim Lousa Nascimento

Sem comentários:

Enviar um comentário

As Bacantes

  As Bacantes eram as sacerdotisas que, na Grécia Antiga, celebravam os mistérios do Deus Baco, ou Dionísios. Esta tragédia, sobre a morte...