Ah!, como era bela e natural
A noite de Natal,
Da minha infância.
Mesmo sem acalentar a esperança,
Que o Menino Jesus fosse à
chaminé,
Para deixar brinquedos no meu
sapatinho.
Porque, muitas vezes, não havia
chaminé,
Nem brinquedos,
Nem sapatinhos para pôr no pé.
Mas era o meu Natal de Amor,
E imaginário também.
Festejado junto de estábulos,
Como os de Belém,
Onde não faltavam animais,
Mansinhos e leais,
Nem pastores e Reis Magos,
Nas canções da minha mãe.
Que me cantava com afago,
Junto da lareira,
Onde o fogo crepitava,
E eu me sentia bem:
“ Olá, meu Menino/Como Tendes
passado/
Só para Vos ver/Deixei o meu
gado”
Na presença da luz difusa de uma
candeia,
E a escutar a cadência dos
bailados
Dos farrapos de neve, que caíam,
Silenciosos, nos telhados.
Como se fossem, tal e qual,
Anjos vestidos de branco,
Como em Belém.
Embalados pelas canções de Natal,
Da minha mãe.
In Livro “O Acordar
das Emoções” – Tartaruga Editora
Desejo a TODOS um SANTO E FELIZ
NATAL 2017
João de Deus Rodrigues
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