Os grandes patrocinadores da maior parte da arte religiosa
periférica foram as populações das freguesias, reunidas em confrarias ou
irmandades, orientadas pelo juiz da igreja, grande parte das vezes o pároco da
freguesia. No caso da Região Demarcada do Douro, com esmolas retiradas do
produto agrícola de maior rendimento: o vinho.
Uma das principais funções das confrarias paroquiais era a
manutenção da igreja paroquial e do culto. Os confrades quotizavam-se
anualmente para pagar as obras e despesas da igreja e revezavam-se para
conservar os altares em ordem.
Reavivando a fé, a piedade e o culto religioso, as irmandades
da região, como quase todas, dispunham de templos, capelas próprias, ou altares
dos respectivos patronos, nas igrejas paroquiais. Esta mentalidade religiosa
insere-se dentro de um contexto contra-reformista que incutia o culto dos
santos e das relíquias, as peregrinações e as devoções em geral.
O papel destas irmandades foi fundamental no aspecto
artístico. Tantas vezes se comprometeram com a fundação das várias capelas ou
ermidas dispersas pela região. Porém, outros se envolveram neste processo de
patrocínio.
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