Rembrandt
van Rijin (1606-1669) foi o maior pintor da Holanda, e um dos maiores que a
arte conheceu até hoje, diz-nos na sua História da Arte E.H. Gombrich. E foi. H.W.Janson define-o como "o maior génio da arte holandesa". Era
da geração que sucedeu a Frans Hals e Rubens e mais novo sete anos que Van Dyk
e Velásquez.
“A
Ronda da Noite”, nome com que ficou conhecido, para a História, este quadro de
Rembrandt, a partir do século XIX, é, talvez, a mais famosa e a mais
controversa pintura do pintor holandês.
Inicialmente
media c. de cinco por quatro. O primeiro titulo, assim como o primeiro esboço
ainda existem na crónica da família do capitão Banning Coq, a figura central
vestida de preto com faixa vermelha, dialogando com o seu tenente vestido de
amarelo.
Uma
das características principais da pintura de Rembrandt é o tratamento da luz.
Sobre este aspecto diz-nos Heinrich Wölfflin: “… a luz desliza sobre as formas
e brinca com os objectos”.
Rembrandt,
nesta obra, demonstra um virtuosismo tal que ainda hoje nos provocam fascínio e
espanto. A execução dos pormenores (o fulgor dos metais, a cintilação dos
tecidos, os numerosos acessórios em puro equilíbrio) e a composição das
expressivas fisionomias, dos gestos exactos (como o do capitão que estende a
mão) e das deslumbrantes iluminações, levadas ao extremo da perfeição
artística. De um mundo estático e negro surge um mundo em movimento, luminoso e
irreverente no conjunto das suas ligeiras diagonais e verticais.
A
cena representa um grupo de membros da milícia municipal de Amesterdão, no
momento em que inicia a marcha ao longo do dique de um canal. São representados
vinte e oito dos trinta elementos que formavam a companhia; grupo a que se
juntavam as vivandeiras, que se reconhecem pela ave pendurada no cinto da
figura feminina completamente iluminada, logo atrás do elemento vestido a
vermelho carregando o mosquete.
A imagem ao lado, retirada da página de Facebook de António Ramalho, mostra-nos um grupo de jovens no Rijksmuseum Amsterdam sentados, observando os telemóveis, ignorando uma das pinturas mais emblemáticas da História da Arte. Uma oportunidade que muitos jovens (e estudiosos) gostariam de agarrar. Armando Palavras
Actualizado a 24/01/2017
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