Em 1721 a vila contava
909 moradores distribuídos por duas freguesias. A freguesia de São Dinis com
266 moradores, quase todos artistas mecânicos, e a freguesia de São Pedro com
643 moradores, a mais rica freguesia do velho burgo.
Alguns elementos já
recolhidos, mostram bem a azáfama dos construtores vila-realenses nesta época,
na sua malha urbana. Muitas outras obras foram desenvolvidas ao longo da
centúria, a mando da sua câmara e corpo de vereadores. Estas obras públicas,
arrematadas em lanço na praça pública, demonstram bem como estavam activos os
seus artífices. Muitos deles participaram, em simultâneo, nestas obras de
carácter público e em obras de carácter religioso.
O burgo de 1721 era
constituído por 45 ruas principais, das quais, apenas a rua direita, onde
viviam os mercadores, continuava até à Vila velha. Este espaço urbano
setecentista foi ao longo da centúria, caracterizado pela azáfama dos seus
construtores. Reformando e concertando estruturas já existentes. Ou fazendo-as
de raiz. As suas calçadas iriam, deste modo, dar origem à malha urbana actual.
Das obras públicas então
executadas, destacam-se as calçadas da então vila. Mas, outras estruturas foram
construídas. Delas dependiam as relações harmoniosas da população, como, por
exemplo, as suas cadeias.
Este modesto estudo
publicámo-lo na revista “Estudos Transmontanos e Durienses”, no ano de 2007.
No quadro que se
apresenta sobre as obras públicas, aparecem algumas gralhas que agora emendamos:
1 – Nos concertos da
fonte e do chafariz velho da vila, datada de três de Março de 1723, o artífice
não é Manuel Monteiro, mas sim António Francisco;
2 - Na obra da fonte do
Arnal e paredes do chafariz, iniciada a sete de Agosto de 1723, o artífice não é
António Francisco, mas sim Domingos Luis;
3 – As obras das
calçadas das ruas das Flores e de São
Jacinto não foram arrematadas a dois de Setembro de 1766, mas sim a um de
Agosto de 1765;
4 – A obra da calçada da
Cruz da Timpeira não foi arrematada a 20 de Setembro de 1766, mas sim a dois de
Setembro de 1766.
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